segunda-feira, 26 de abril de 2010

Aumento de 300% em microcrédito

Empréstimos no primeiro trimestre do ano superam a média do Estado

O volume de contratos de empréstimos do Banco do Povo Paulista (BPP) cresceu 300% em Piracicaba no primeiro trimestre de 2010, com relação ao mesmo período de 2009, para microempreendedores, profissionais autônomos e informais. Nesse ano, foram efetuados 32 contratos, com valor total financiado de R$ 130 mil. No ano passado, nos meses de janeiro, fevereiro e março, foram concretizados oito contratos, com valor emprestado total de R$ 29.500.

Em todo o Estado, a média de crescimento foi de 35% no primeiro trimestre. O BPP atua em 437 municípios de São Paulo. O balanço do período foi apresentado ontem, pelo diretor executivo do BPP, Antonio Sebastião Teixeira Mendonça, durante reunião dos agentes de crédito da instituição sobre o 3º Mutirão do Microcrédito, que está sendo realizado em todo o Estado neste mês. "Esse aumento demonstra o potencial da cidade para o microcrédito e a vocação empreendedora da cidade".

Na região, o 3º Mutirão do Microcrédito pretende realizar 782 contratos e o valor disponível é de R$ 35 milhões. "Somente para Piracicaba temos um valor de R$ 2,6 milhões de oferta de crédito", afirmou.

Essa é a primeira vez que o mutirão é realizado no início do ano. Em 2008 e 2009 eles ocorreram entre outubro e novembro. "O crédito pode ser utilizado para as pessoas incrementarem os negócios e aproveitarem esse momento da economia", disse.

CRESCIMENTO. O diretor acredita que o aumento do volume de contratos em Piracicaba ocorreu também pela parceria com o município e o trabalho da Secretaria Municipal do Trabalho e Renda (Semtre), de incentivo ao aumento do emprego e da renda. "Temos uma linha de crédito para pessoas físicas de R$ 200,00 a R$ 5.000,00. Se ela formaliza sua condição por meio do programa Microempreendedor Individual (MEI), ela pode obter um crédito de até R$ 7.500 para incrementar seu negócio".

Mendonça afirma que o público do BPP são costureiras, cabeleireiras, manicures, doceiras que estão informais e também micro empresários. "O crédito não pode ser utilizado para bens de consumo particular. Somente para o negócio. Ele não pode usar o dinheiro para comprar uma geladeira para uso residencial, mas pode adquirir um freezer para acondicionar melhor os produtos que faz em sua casa. Tudo isso é avaliado pelos nossos agentes antes da concessão do crédito".

Para obter o crédito que tem taxa de juros de 0,7% ano mês, o microempreendedor não pode ter restrições de crédito, deve comprovar que vive do negócio que faz, avalista e não deve ter faturamento superior a R$ 20 mil mensais.

Fonte: Gazeta de Piracicaba

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