Corregedoria prende três policiais em Duque de Caxias por suspeita de pertencerem a grupo de extermínio

Flavia Lima

RIO - Dois policiais militares do 15º BPM (Duque de Caxias) e um policial civil foram presos por agentes da 3ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) da Baixada, na noite desta segunda-feira, no Parque São Bento, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Um quarto homem, que seria ex-militar, também foi preso. Segundo os agentes, eles são acusados de pertencerem a um grupo de extermínio na Baixada.

Uma denúncia anônima informando a existência de um grupo de policiais aterrorizando e extorquindo moradores e comerciantes levou os agentes da Corregedoria ao local. Segundo os agentes, os soldados Angelo Sávio Lima de Castro, 33 anos; Roberto Wagner Lima de Castro, 28; o policial civil Ricardo Braga de Castro, 47, da Seção de Direitos e Vantagens; e o vendedor Julio Cesar Bastos, 32, estavam numa viatura Polícia Civil.

No veículo, foram foram encontrados duas pistolas, duas escopetas calibre 12, uma metralhadora, dois revólveres - um deles com numeração raspada -, um colete à prova de bala, toucas ninjas e munição. Os acusados e a Blazer da Polícia Civil, número 67-7319, foram conduzidos à delegacia de Duque de Caxias.

Segundo o delegado Carlos Cesar Santos, o veículo estava lotado na 59ª DP e constava como se estivesse em manutenção numa oficina mecânica. Ele informou que vai ouvir o proprietário da oficina para indicar quem levou a viatura para manutenção.

- Esta viatura deveria estar no conserto. Vamos apurar quem levou o veículo e qual reparo seria feito - explicou.

O delegado, no entanto, não confirmou a denúncia da Corregedoria, de que os presos teriam envolvimento com grupo de extermínio.

- É prematuro fazer essa afirmação, mas iremos investigar se há algum envolvimento com milícia ou grupo de extermínio - disse.

Os acusados foram indiciados por formação de quadrilha e porte ilegal de arma de uso restrito. As armas foram apreendidas e encaminhadas à perícia. Os dois PMs foram conduzidos à Unidade Prisional da Polícia Militar do Rio (UPPMERJ), em Benfica.

Fonte: O Globo