Após ter sido desenvolvido um estudo por parte do Governo do Estado do Rio de Janeiro, o município de Nova Friburgo recebeu na última quarta-feira, 16, a primeira parte de um relatório que trata da execução de obras de contenção nas sete cidades da região serrana do estado atingidas pelas chuvas de janeiro. O levantamento aponta que 700 encostas em toda a região serrana ainda correm o risco de desabar, sendo que grande parte foi identificada em Nova Friburgo.
Neste primeiro documento entregue pela Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), considerado o mais emergente, foram diagnosticados 431 deslizamentos, sendo que aproximadamente 200 deles precisarão de intervenções. O restante dessas áreas não foi incluído no plano de obras por serem regiões inabitadas ou de responsabilidade de concessionárias.
Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Nova Friburgo, o relatório será analisado por setores pertinentes para tentar estabelecer prioridades. Em nota divulgada à imprensa, o secretário de Governo, José Ricardo Lima, reconhece que esta ação será difícil, pois o governo entende que todas as áreas são prioritárias. “Teremos que fazer uma escala de prioridades e por isso precisaremos analisar para devolver o relatório ao Governo do Estado, para buscar verbas e resultar na execução dos serviços” – relatou o secretário.
No distrito de Conselheiro Paulino, apenas no bairro Três Irmãos, as obras estão orçadas em R$ 40 milhões, uma das mais caras. Por isso o secretário acredita que o orçamento municipal será inviável e dependerá do apoio dos governos Federal e Estadual. “Segundo informações da Emop, passa de R$1 bilhão. Por mais que a gente se esforce, nosso orçamento não tem condições de contemplar, principalmente porque diante da catástrofe temos um prejuízo na arrecadação. Se o orçamento já era apertado, agora está mais ainda” – destacou José Ricardo através da Secretaria de Comunicação Social.
Sistema Nacional de Prevenção de Catástrofes
O governo federal anunciou na quinta-feira, 17, a criação do Sistema Nacional de Prevenção e Alerta de Desastres Naturais. A decisão foi informada após reunião da presidenta Dilma Rousseff com os ministros da Justiça, Defesa, Ciência e Tecnologia, Integração Nacional e Saúde.
A montagem do sistema ocorrerá com a modernização radares, pluviômetros e de outros equipamentos meteorológicos, com a finalidade de tornar mais eficiente a capacidade de prevenção de tragédias consequentes de fenômenos climáticos. Haverá ainda um mecanismos de alerta para a população de áreas de risco na ocorrência de chuvas fortes. As ações serão gradativas e a expectativa do governo federal é de que, em quatro anos, o sistema de defesa e alerta esteja concluído.
Fonte: Nova Imprensa
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