domingo, 26 de junho de 2011

Leonardo Calixto: Eu, O Vento e a Proa

Caio Lauer

Leonardo Calixto é diretor do EIT - Espaço de Interpretação Teatral, única Escola de Artes Cênicas de Comunicação e Negócios do país. Com sua equipe, ele desenvolve trabalhos com executivos utilizando técnicas teatrais para melhorar diversas competências, como oratória e relacionamento interpessoal.

No dia 16 de junho, na Livraria Cultura (Shopping Market Place, às 19h30), Calixto lançou seu livro “Eu, O Vento e a Proa”, onde por meio de técnicas teatrais possibilita o surgimento da oratória de alta performance. O autor revela que estes mesmos princípios geram a sinergia entre as cinco áreas da vida: profissional, pessoal, familiar, sentimental e espiritual, o que dá origem ao alto desempenho comportamental, atualmente tão almejada por empresas e pessoas de todo mundo.

Confira a entrevista!

Porque escolheu “Eu, O Vento e a Proa” como título do seu livro?

O “eu” simboliza as pessoas. O “vento”, as adversidades que estarão em nossas jornadas. E a “proa”, simboliza nossos objetivos. Isto não diferente a cerca da comunicação e dos relacionamentos interpessoais.

O segredo é a humanização: a pessoas ser ela mesma e conseguir resgatar seus pontos fortes.

O livro é voltado para qual público?

O livro é voltado para profissionais de Recursos Humanos, pois ele tem o papel de gestão das pessoas, mas, na verdade, atinge todas as pessoas que precisam desenvolver sua performance comportamental, pois fala de comunicação e relacionamentos.

O que o leitor encontrará na obra?

O livro é dividido basicamente em três partes. Na primeira, o leitor irá encontrar como pode desenvolver a comunicação de alta performance. Este conceito é a comunicação humanizada, ou seja, a pessoa não deve agir como julga ser a forma mais adequada, cada situação deve ser considerada. Apesar de ter sua personalidade, o indivíduo deve adaptar a oratória com cada pessoa de maneira diferente para atingir melhores resultados.

A segunda parte diz respeito às habilidades dos RHs no século XXI, que deve ser mais estratégico, deve falar mais de cultura, deve olhar para a empresa com a preocupação lateral, horizontal, onde a dissolução organizacional está acontecendo. As habilidades dos RHs não são mais aquelas operacionais de alguns anos. O compromisso agora deve ser no plano da cultura, do afeto e da humanização.

Já a terceira parte da obra conta sobre o novo papel das empresas e da força de trabalho em 2020: em que condições as organizações estarão, considerando a mudança da força de trabalho.

Quando surgiu a ideia de escrever este livro?

Comecei a perceber em meus atendimentos que, além dos alto executivos, muitos profissionais de média gerência e até da “base da pirâmide” eram exigidos a se expressarem bem em diversas situações no trabalho. A partir disso, percebi que existe atualmente uma grande transformação comportamental.

Porque dominar a oratória é tão importante no mundo corporativo?

Acredito que isto se explica por conta da especialização extrema da prestação de serviços. O consumidor não quer mais produtos bons e baratos: ele quer sob medida. Dou como exemplo o novo Uno, onde você personaliza o carro, e a Starbucks, onde você personaliza o café e é chamado pelo nome dentro do estabelecimento. O Banco do Brasil há pouco tempo colocou nomes comuns na fachada de suas agências.

Tudo isto quer dizer que as empresas estão querendo atingir o público diretamente na sua necessidade, e não por meio de padrões que elas pré-estabelecem. Neste contexto, a oratória ganhou bastante importância porque quem está na ponta para prestar este serviço é o capital humano. Sempre dependerá de uma pessoa entender e suprir a sua necessidade.

As mudanças que estão em andamento apontam para sensibilidade, estética, capacidade de transformar ideias, desenvolvendo novas formas de produção e unindo a criatividade com a técnica.

Fonte: Jornal Carreira e Sucesso

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