BRASÍLIA - A geração de empregos formais voltou a desacelerar em julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o país criou 140.563 postos de trabalho no mês passado. O montante está bem abaixo dos 234 mil registrados em junho e dos 273 mil de maio.
No acumulado de janeiro a julho deste ano, o total de empregos criados no Brasil já chega a 1,593 milhão, o que equivale a uma queda de 14,1% em relação ao mesmo período no ano passado: 1,856 milhão.
- O mês de julho não foi tão bom quanto nós gostaríamos. Eu pensei que poderia ser maior - admitiu o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Mesmo assim, ele destacou que a perspectiva para os próximos meses é positiva e assegurou que a geração de empregos formais em agosto vai ser maior:
- Vai superar julho com certeza.
Ele disse que julho não costuma ser um mês forte para o mercado de trabalho. Nessa época do ano, segundo Lupi, é comum que haja demissões nas áreas e educação e de produção agrícola. No primeiro caso, as escolas aproveitam as férias para trocar funcionários. Já no segundo, a explicação é o início da entressafra nas regiões Sul e Sudeste.
- O resultado de julho foi abaixo do ano passado, mas não é nada que indique uma tendência - afirmou Lupi.
O ministro também garantiu que o Brasil vai conseguiu gerar 3 milhões de empregos este ano. Para isso, o governo conta com contratações de pessoas aprovadas em concursos públicos que não puderam ser contratadas no ano passado em função do período eleitoral.
Para Lupi, é positivo o fato de o total de admissões e demissões ter sido recorde em julho:
- Isso é a maior comprovação do aquecimento no mercado de trabalho.
Os dados do Caged mostram que a indústria de transformação criou 289.174 empregos entre janeiro e julho. O total representa uma queda de 38% em relação aos 466.490 postos surgidos no mesmo período no ano passado. Segundo Lupi, esse comportamento pode ser explicado pela concorrência desleal imposta por produtos importados.
- Ao sentir a concorrência externa, a indústria de transformação diminuiu sua capacidade contratação - disse o ministro.
Para ele, no entanto, o pior já passou:
- O que tinha que acontecer já aconteceu. A crise agora é muito mais psicológica (em função dos problemas da economia americana).
Fonte: O Globo
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