quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Pesquisa revela: mulheres que se exercitam têm risco 29% menor de desenvolver doença reumática
( Uberlandia, Minas Gerais, Brasil - Comunique-se - ) O estudo revelou ainda que um IMC alto é fator de risco forte para o desenvolvimento futuro da doença.
De acordo com o último Censo, o Brasil, seguido de outros países emergentes, vem liderando o ritmo de crescimento dos índices de sobrepeso e obesidade em todo o mundo. Por aqui, cerca de 50% dos adultos e 30% das crianças e adolescentes encontram-se acima do peso normal.
Nos Estados Unidos, as estatísticas apontam que o número de obesos tende a dobrar nos próximos 25 anos. A obesidade também assombra a Europa. De acordo com o estudo Health at a Glance – Europe2010, 50% dos adultos e uma em cada sete crianças na Europa são obesas ou têm excesso de peso.
Obesidade, doença reumática e a prática de exercícios
A fibromialgia é uma dos mais de 100 tipos de doenças reumáticas existentes. É uma síndrome dolorosa crônica, caracterizada por dor generalizada, com duração superior a três meses, em pontos definidos, tais como pescoço, ombros, costas, quadris, braços e pernas. “Os sintomas geralmente associados à doença incluem também fadiga inexplicável, distúrbios do sono, cefaléia, dificuldade cognitiva, distúrbios de humor. A prevalência da fibromialgia aumenta com a idade e é consideravelmente mais elevada entre as mulheres”, explica o reumatologista, Carmo de Freitas, membro titular da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Recentemente, pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia concluíram um trabalho, estabelecendo uma relação entre a prática de exercício físico e o risco futuro de desenvolver a fibromialgia. Durante 11 anos, tempo de duração da pesquisa, 15.990 mulheres foram acompanhadas pelos pesquisadores. As que relataram se exercitar quatro vezes por semana apresentaram um risco 29% menor de desenvolver fibromialgia em comparação com as mulheres inativas.
Resultados semelhantes foram encontrados na análise da combinação de informações sobre a frequência, a duração e a intensidade dos exercícios. As mulheres que praticavam mais exercícios apresentaram um risco menor de desenvolver a doença em relação às inativas. O estudo revelou ainda que um IMC alto é um fator de risco forte para o desenvolvimento futuro da doença.
De acordo com o reumatologista, Carmo de Freitas, o exercício físico regular, além de melhorar o condicionamento físico do paciente e possibilitar um emagrecimento saudável, pode servir também como ‘um amortecedor’ contra a perpetuação dos sintomas músculo-esqueléticos que, eventualmente, conduzem ao desenvolvimento de fibromialgia. “O peso do nosso corpo é 10 vezes maior no tornozelo e sete vezes maior na coluna vertebral.
Por isso, estar dentro do peso recomendado e ter um bom condicionamento físico são fundamentais para não desenvolver doenças reumáticas”, reforça o médico que há 39 anos atua em Uberlândia (MG), tendo sido um dos pioneiros da área na região.
Fonte: Comunique-se
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