Rio de Janeiro mostra sua nova realidade em eventos internacionais

Priscilla Souza

Números apontam que capital do estado deixou de ser referência de violência no País

Os grandes eventos programados para os próximos quatro anos devem consolidar o conceito da pacificação e apresentar para o mundo uma nova imagem do Rio de Janeiro: a de uma cidade segura. Para isso, a estratégia da Secretaria de Segurança está focada em cinco pilares: planejamento, capacitação, tecnologia, inteligência e logística.

Para tratar exclusivamente desse trabalho, será criada a Subsecretaria de Segurança para Grandes Eventos, que terá caráter temporário e deverá ser mantida até a realização dos Jogos Olímpicos de 2016. Um dos principais objetivos é apresentar, até a Copa de 2014, índices de criminalidade considerados adequados, segundo parâmetros internacionais. Por isso, as polícias já trabalham com metas a serem cumpridas a fim de garantir melhoria na qualidade do serviço prestado, deixando um legado social.

Os números comprovam a mudança expressiva na área de segurança. Segundo dados do Mapa da Violência no Brasil, a cidade do Rio de Janeiro caiu no ranking nacional das capitais do 6º lugar em 2000 para o 23º em 2011.

– O Rio deixou de ser referência de violência no País há muito tempo. A gente conta com a visibilidade internacional para alavancar essa imagem de cidade segura. Queremos que visitante se surpreenda positivamente com maior sensação de segurança – afirmou o superintendente de Planejamento Operacional da Secretaria de Segurança, Roberto Alzir.

Uma comissão especial – formada em 2010 por integrantes das polícias Militar e Civil – mapeou as ações necessárias para preparar o estado. A Secretaria de Segurança busca ainda experiências bem-sucedidas em países que já sediaram eventos desse porte, como a Espanha. Um dos destaques dos treinamentos especiais é o antibombas que visa qualificar policiais para manusear e desativar explosivos.

– Embora o Brasil não sofra com ataques terroristas, precisamos nos preparar porque a vinda de delegações estrangeiras ao País traz esse risco. Nesse sentido, a área de inteligência será muito importante para garantir a segurança da população – disse Alzir.

Unidades de polícia integradas

Entre os 18 projetos desenvolvidos pela Polícia Militar, estão a reestruturação do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur); aquisição de armamento não letal; e monitoramento por câmeras de pontos turísticos e consulados.

Além disso, a construção do Centro de Operações Policiais Especiais vai reunir diversas unidades da PM, entre elas, Bope e BPChoque. A área escolhida é um antigo quartel do Exército, com 200 mil m2, às margens da Avenida Brasil. A obra deve ficar pronta em 2014.

Já as unidades especializadas da Polícia Civil ficarão reunidas na Cidade da Polícia, próximo à comunidade do Jacarezinho. Este é um dos cinco projetos prioritários da corporação e deve promover maior integração do trabalho das delegacias. Com custo de cerca de R$ 60 milhões, as obras devem ser concluídas no segundo semestre deste ano.

Entre os 14 projetos desenvolvidos pela Secretaria de Segurança, está o Centro Integrado de Comando e Controle que permitirá procedimentos integrados entre as polícias e bombeiros, além de abrigar gabinete para gestão de crises e planejamento de eventos. A ideia é agilizar e otimizar o uso de recursos. O prédio, ainda em obras, deve entrar em funcionamento em 2013.

Outra importante meta é chegar a cerca de 40 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) implementadas até 2014, com cerca de 12.500 policiais militares.

– Todas as principais comunidades que estão sob domínio do tráfico serão pacificadas até 2014, dentro e fora da capital, dependendo da necessidade – afirmou Roberto Alzir.

Fonte: Secom Governo do Estado do Rio de Janeiro