COPENHAGUE - Circulam nesta sexta-feira pelo Bella Center, em Copenhague, dois rascunhos diferentes para o que seriam os dois documentos finais da Convenção sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas. Um deles é o chamado Compromisso a Longo Prazo. Trata-se de um documento inteiramente novo, elaborado justamente para determinar metas de redução de crescimento das emissões para os países em desenvolvimento. Ele estabelece que os países em desenvolvimento devem reduzir o crescimento de suas emissões de 15% a 30% ate 2020 ( líderes da UE se comprometem com fundo para combater aquecimento global ). Os países ricos devem reduzir seu volume total de emissões em relação a 1990 de 25% a 45% (um precentual exato ainda não definido). Estabelece ainda que haverá um teto para o aumento máximo de temperaturas de 1,5 grau Celsius a 2 graus Celsius.
O outro documento é um segundo período de compromissos para o Protocolo de Kyoto e estabelece metas mais ousadas para os países desenvolvidos que o ratificaram.
Especialistas acham que documentos são avanço
Se os rascunhos dos dois documentos finais da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas da ONU, divulgados nesta sexta-feira na reunião, forem realmente aprovados, representarão um grande avanço na luta contra o aquecimento global, segundo análise de especialistas em clima que participam da reunião, em Copenhague. Pela primeira vez, um documento oficial determinaria uma meta objetiva de redução do crescimento das emissões de gases-estufa para os países em desenvolvimento de 15% a 30%. É a primeira vez também que se estabeleceria, num documento oficial, um teto máximo para o aumento das temperaturas, de 1,5 grau Celsius a 2 graus Celsius, e, consequentemente, um volume máximo de emissões para o período.
Os números agradaram especialistas do Ministério do Meio Ambiente, do Brasil.
- A gente fica muito bem. Nossa meta de desvio já está acima disso - afirmou a secretária de Mudancas Climáticas e Qualidade Ambiental do ministério, Suzana Kahn.
Suzana, no entanto, achou o documento fraco no que tange às formas de financiamento a longo prazo.
- Ainda há muito pouco sobre isso, basicamente só se fala no financiamento a curto prazo.
Fonte: O Globo
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