Ricardo Alexandre Mendonça *
Já havia escrito anteriormente sobre treinamentos, uma de minhas paixões no trabalho de RH. Falei sobre minhas viagens, os imprevistos e os treinamentos de fachada, título de um dos artigos publicados.
Hoje pretendo falar sobre o treinamento para públicos bem simples, sejam eles, os treinamentos, de quais naturezas forem.
Em todas as áreas do conhecimento os treinamentos são uma poderosa ferramenta de aprendizagem e aprimoramento profissional. Treinamentos operacionais requerem muitos recursos técnicos e tecnológicos, por exemplo, ao passo que treinamentos conceituais e comportamentais requerem em essência uma boa capacidade de transmissão do conhecimento por parte do instrutor.
Independente da natureza do treinamento, todos eles guardam peculiaridades que devem ser observadas antes de sua realização. Dentre elas podemos citar público, local, recursos, tempo e linguagem a ser utilizada.
Público – Qual o público do treinamento? O público do treinamento vai determinar nossa linguagem, vestimentas e escolha das ferramentas mais apropriadas para a transmissão do conhecimento. Nos treinamentos para públicos carentes e com vestimentas muito simples, por exemplo, o uso de terno pode causar uma sensação de distância entre instrutor e alunos. Neste caso uma boa calça jeans e uma camisa mais esportiva facilitam a identificação e aproximação entre as partes. Para um ambiente mais sofisticado o terno é a linguagem mais comum de vestimentas para homens. Uma roupa esporte com paletó também pode ser indicada. Diria que devemos “dançar de acordo com a música”.
Linguagem - Nada de linguagem rebuscada e exemplos grandiosos para o público simples. Neste caso devemos usar a linguagem coloquial e, quando houver a necessidade de utilização de termos técnicos, devem ser explicados com paciência e muito boa vontade. Afinal queremos ou não transmitir o conhecimento? Os exemplos de “cases” também devem ser apropriados e referentes ao mundo social trabalhado. O uso de gírias e piadas também deve ser observado para evitar o mau gosto e comentários inadequados. Devo enfatizar que a jovialidade e simpatia são bem vindas para qualquer tipo de público.
Recursos - Na impossibilidade do uso de ferramentas como Data-Show (projetor de slides), podemos usar nosso próprio notebook (computador portátil), como ferramenta de trabalho. Se for possível podemos adaptá-lo a uma TV por nós solicitada e cedida por um participante, para que as imagens sejam visíveis com mais facilidade. Esta troca de favores, este fazer a turma se sentir importante e colaborar na construção do conhecimento pode ser um dos grandes fatores de sucesso do treinamento. No caso da falta de computador, o recorte de figuras de revistas e jornais pode ajudar a criar pela própria turma, as imagens e dizeres correspondentes ao tema em questão. Criatividade, espontaneidade, puxar constantemente a participação de todos, lanchar junto, passar um bom conteúdo, deixar um contato para sanar dúvidas e sempre agradecer ao final pela oportunidade de ali estar, completam os recursos necessários para a boa transmissão, absorção do conhecimento e fortalecimento de nossas estratégias como instrutores, além de nos melhorar como seres humanos!
*Ricardo Alexandre Mendonça é consultor em Recursos Humanos, mestre em Psicologia PUC/RJ e especialista em Educação a Distância (EAD). Consultor do IVAR - Instituto do Varejo-RJ e consultor por 6 anos do IBQN na área da gestão da qualidade total. Formação como avaliador do PQ/RIO 99. Escritor e palestrante. Realiza instrutoria e desenvolve projetos de treinamentos nas áreas gerencial e de gestão de negócios, tutor EAD do Sebrae Nacional e sócio diretor da Diferencial Educação & RH.
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