por Marcelo Onaga
Conforme Primeiro Lugar antecipou em fevereiro, a GP Investments, um dos maiores fundos de private equity do país, assumiu o controle das operações de leite da Laep, do investidor Marcus Elias. A GP, que já é dona do laticínio Leitbom, passará a ter 60% da nova empresa, que tem a Parmalat como principal marca. A Laep ficará com 40% da companhia, que por enquanto está sendo tratado pela GP como um “consórcio operacional”.
De acordo com fontes ouvidas por EXAME, o receio dos executivos da GP é que os passivos da Parmalat, que se encontra em recuperação judicial, possam contaminar seus negócios.
A Parmalat enfrenta dificuldades desde que abriu seu capital, em 2007. Desde então, Marcus Elias procura saídas. No fim do ano passado, a venda da operação ou de parte dela tornou-se inevitável. Elias chegou a acertar detalhes da venda para a JBS Friboi, da família Batista. Mas, pouco antes de fechar o negócio, uma divergência sobre valores provocou uma séria discussão entre os empresários e o negócio foi desfeito.
De acordo com as informações da GP, a associação entre as duas empresas engloba a Leitbom (companhia controlada pela GP), e as companhias Glória e Ibituruna (controladas pela Laep). Juntas, as empresas têm oito fábricas em quatro estados. Pelo comunicado da GP, apenas as fábricas da Laep de São Paulo e Minas Gerais entraram no negócio. A problemática unidade do Rio de Janeiro e a usina de Santa Helena, em Goiás, ficaram de fora.
Nem Laep, nem GP explicam como fica a parte da Parmalat que se encontra em recuperação judicial. De acordo com fontes ouvidas por EXAME, Elias mantém essa parte problemática do negócio, bem como as fábricas de biscoitos, a Integralat (empresa de administração de fazendas) e a rede de sorveterias.
Fonte: Portal Exame
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