Os vetores de forças estudados na engenharia também têm influência na carreira das pequenas e médias empresas. Saiba por que
Por Marcelo Castanha*
O que deveríamos saber agora para aumentar as nossas chances de sucesso no futuro? Por que algumas pessoas realmente parecem midas (“o que tocam vira ouro”)?
De início, é importante informar que essa teoria foi desenvolvida sem comprovação científica, a partir dos meus conhecimentos de engenharia e da experiência de mais de 18 anos em gestão de empresas, quando pude perceber que os vetores de forças estudados na engenharia têm também influência na carreira das pequenas e médias empresas. Algumas dessas forças atuam para promover o sucesso, outras para barrá-lo. Logo, o que é realmente importante é tentar reconhecer as forças que poderão atuar contra e a favor, e estar preparado para essas forças no instante em que elas ocorrerem. A curva do sucesso está representada da seguinte forma:
Onde:
A fase 1 é denominada de fase da inexpressividade. É quando a empresa provavelmente está iniciando a carreira, atuando em mercado local e, como é inexpressiva, não há praticamente nenhuma força atuando contra o seu crescimento, salvo é claro as dificuldades inerentes ao negócio concebido, como crédito, publicidade, comunicação com clientes, planejamento, etc.
Portanto, nesse momento você deve tomar atitudes corretas e legais, visando manter a empresa o mais organizada possível (planejamento, obrigações tributárias, trabalhistas, relação com fornecedores e clientes, reservas financeiras, fluxo de caixa, etc), pois falhas graves de organização cometidas nessa fase serão alvo das forças contrárias na fase seguinte.
Quando a pequena/média empresa está com um bom ritmo de crescimento, há uma difícil decisão a ser tomada: Devo crescer mais? Devo expandir para outras regiões? Atuar no mercado nacional? Então, você decide pela expansão!
Agora sim, bem-vindo à fase 2, na qual a empresa é candidata ao sucesso. É aqui que as forças contrárias começam a ser percebidas (setinhas vermelhas no gráfico - A). Nesse momento as outras empresas que atuam no mesmo segmento começam a percebê-lo como concorrente e a desenvolver ações competitivas contra a sua empresa. Seu empreendimento começa a obter porte significativo e pode começar a sofrer fiscalizações (não que antes não pudesse); alguns amigos (que não deveriam ser assim considerados) começam a perceber que você pode se destacar do grupo e podem começar a agir com inveja; você pode precisar fazer alguns investimentos e deve ter recursos para isso (é importante que você tenha feito reservas);
Infelizmente, na maioria das vezes, por falta de conhecimento para tomar as atitudes corretas na fase 1, muitas empresas fecham na fase 2 (é só olhar as estatísticas do Sebrae). Quando sua empresa entra na fase 3, denominada sucesso inevitável, as coisas começam a melhorar, pois os seus concorrentes, fornecedores, clientes, amigos e demais interventores começam a perceber que você vai ter sucesso. Nesse momento, forças começam a colaborar ao seu favor (setinhas verdes no gráfico - B). Os seus clientes percebem que sua empresa está ficando sólida e passam a demandar mais; os seus concorrentes também percebem isso e passam a propor parcerias; os seus “amigos” (os invejosos) vêem que é melhor ficar ao seu lado, pois o seu sucesso é inevitável. Isso tudo acaba contribuindo para que você realmente atinja o sucesso.
Agora sim, você está na fase 4, na qual sua empresa é considerada uma empresa de sucesso. Nesse momento os seus movimentos começam a ser inclusive copiados e os seus passos seguidos, portanto, alguns negócios que normalmente dariam errado passam a dar certo pelo volume de seguidores que sequer conhecem o movimento que você está fazendo, mas o fazem porque se é você que faz, é porque deve ser bom (efeito midas).
Cuidado com a fase 5, pois nessa fase pode surgir uma conduta (C) que significa um dos maiores riscos para qualquer tamanho de empresa, a arrogância!
Portanto, para concluir, lembre-se que as suas dificuldades e vantagens do futuro estão baseadas nas suas decisões e ações do presente. Estude, planeje, prepare o seu crescimento. Sorte é estar preparado para quando a oportunidade aparecer.
Sucesso a todos.
* Engenheiro eletricista, Marcelo Castanha tem pós-graduação em análise de sistemas, MBA em Gestão Empresarial e em Finanças/Contabilidade e Tributos. É consultor em administração de empresas, professor do Ibmec em Gestão de Escritórios de Advocacia e diretor executivo do Grupo Novaprolink
Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios
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