terça-feira, 4 de maio de 2010

A liderança corajosa no cenário pós-crise

Não é a primeira e provavelmente não será a última vez que o assunto liderança é tratado neste Papo de Empreendedor. Mas sempre convém refrescar algumas coisas na memória. Dia desses conversei com o dono de uma empresa de publicidade e ele me garantiu que a imagem de uma empresa - principalmente de portes micro e pequeno - entre os funcionários e clientes é muito relacionada à imagem do próprio empresário. Sendo assim, uma empresa comandada por um líder fraco passa a impressão, aos seus funcionários, de que o empreendimento é um navio prestes a sucumbir para qualquer pequeno iceberg à frente.
Muitos podem pensar nessa questão como uma obviedade, mas a verdade é que, por mais que um funcionário possa até reclamar, ninguém quer trabalhar para um fracote, um leão covarde em Oz. Um chefe ansioso e inseguro atrapalha o despontamento de qualquer empresa. Para o funcionário, não há possibilidade de crescimento na carreira; isso pode levá-lo a demitir-se ou então a empurrar o trabalho por conveniência. Ainda, a recente crise econômica fez com que muitos empresários tombassem ou se encolhessem em seus casulos, esperando o inverno passar.

Para ajudar a determinar o que faz uma liderança corajosa, ainda mais em período pós-crise econômica, Ray Silverstein, articulista do site Entrepreneur, empresário e presidente da President’s Resource Organization, uma rede de consultores para para pequenos empresários, classificou algumas características que fazem um líder destemido. Segundo ele, esses aspectos são corriqueiros mesmo ao recorrente referido “perfil empreendedor”.

- Habilidade de tomar uma decisão e agir; mesmo quando você está operando em território que não lhe é familiar. Pesar os prós e os contras e agir apropriadamente;

- A força para fazer cortes dolorosos, porém necessários; pode ser desde despedir um funcionário ou cortar relação com algum cliente não muito lucrativo. Às vezes, mesmo mudar a localização de sua empresa pode exigir toda uma remodelação de suas ações;

- Disposição para investir em novos negócios e correr riscos. Sempre relacionado ao perfil de empreendedorismo ao abrir um novo negócio, diversificar e arriscar-se são medidas que complementam a manutenção de uma empresa. Especialmente em momentos de crise, esse tipo de medida, desde que feita com cuidado e análise, denota uma liderança corajosa. Dar a capa à tapa é menos comum e simples do que se parece;

- Habilidade de delegar responsabilidades. Isso implica, também, que você precisa estar apto a aceitar os erros que eles possam cometer;

- Admitir quando você cometeu algum erro. Não deixe que o orgulho o coloque na direção errada. Assuma seus erros para que possa corrigí-los. O chefe forte vê que se equivocou e busca corrigir, em vez de delegar a culpa em outros fatores;

- Disposição para abraçar novas ideias e desafiar suas próprias presunções. O mundo dos negócios está em constante mutação; para acompanhá-lo, você precisa adaptar suas percepções.

Sendo um líder mais destemido, fica mais simples recuperar-se da crise. Tente se lembrar de seus dias no começo do empreendimento. A grande diferença é que antes você tinha menos a perder. Se tivesse medo de correr riscos, não teria entrado no universo dos negócios em primeiro lugar. Recuperar-se de uma crise não deixa de ser, dadas as óbvias proporções, semelhante ao processo de empreender pela primeira vez.

Inicialmente, corra riscos menores mas seja pró-ativo. Um líder forte une a equipe e possibilita o crescimento, mesmo que sofra alguns tropeços no meio do caminho. Como um músculo, a coragem na liderança é tonificada com o próprio exercício

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios

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