sexta-feira, 18 de junho de 2010

Euforia da Copa leva meio milhão por dia a comércio popular

Estimativa é de empresários da Rua da Alfândega, no Centro do Rio, onde consumidor vai em busca de camisetas e outros produtos

Da Agência Sebrae de Notícias

Bolas, apitos, bonés, chapéus de palha e uma infinidade de outros itens que têm em comum o verde e amarelo. Do kit de três bandeirinhas de plástico a R$ 1 até uma camisa com o nome do jogador por até R$ 19,99, o que não falta é estímulo para envolver o torcedor no clima da Copa do Mundo. O entusiasmo é visível nas 1,2 mil lojas da Sociedade dos Amigos e Adjacências da Rua da Alfândega (Saara), tradicional centro de comércio popular no centro do Rio de Janeiro, que teve um crescimento de 30% nas vendas. Os 1,6 mil boxes do Mercado Popular da Uruguaiana, vizinho da Saara, registrou aumento de 20%. A paixão pelo futebol leva o torcedor às compras.

Para o presidente da Saara e dono da GMB Esportes, Ênio Bittencourt, a Copa do Mundo para o comércio começou em janeiro com a encomenda dos primeiros itens, que respondem agora por mais de 50% dos 500 artigos vendidos na loja e no atacado. Na véspera da estréia da seleção brasileira na Copa, na segunda-feira (14), as ruas ficaram lotadas.

“O normal é termos cerca de 100 mil pessoas por aqui diariamente. Neste período de Copa, estimamos a visita por dia de 500 mil consumidores. No último sábado, há quem fale em um milhão de pessoas. Mesmo sendo de quatro em quatro anos, é o segundo evento do nosso comércio; só perde para o Natal, quando chegam a passar por aqui mais de 1,5 milhão de pessoas”, informa Bittencourt.

Kaká e Robinho

Moradora de Vicente Carvalho, bairro da zona norte da cidade, Janete dos Santos aproveitou uma vinda ao centro para comprar as últimas camisas que faltam para a família. Sem querer errar, depois de várias consultas ao vendedor, escolheu três camisas de Kaká e uma de Robinho. “Parece que eles é que estão em evidência, não é?”, confirma uma última vez antes de fazer o pagamento.

No Bira Estamparia, na rua Uruguaiana, Carlos Santos, morador de Bangu, na zona norte carioca, customiza sua camisa com o próprio nome. “Eu me identifico com a Copa do Mundo porque acho que a gente se sente mais brasileiro. E ainda vou comprar uma bandeira”, avisa ele.

Dono do Bazar do Edmar, que vende camisas que traduzem a paixão do cliente, seja pelo futebol ou pela escola de samba, o proprietário Edmar Fernandes conta que comprou mais de mil camisas da seleção de abril para cá e o estoque está sendo renovado constantemente.

Para o presidente da Associação dos Comerciantes e Ambulantes do Centro da Uruguaiana, Jorge Nepomuceno, além da expectativa de mais um título para a seleção brasileira e a paixão pelo futebol, outro motivo também é determinante impulsionar as vendas. “Quando você veste a camisa, símbolo da seleção, parece que fica mais perto dos jogadores. Manda uma energia boa”, afirma ele, traduzindo o sentimento da grande maioria dos torcedores.

Fonte: Portal Exame

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