quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Número de eleitores brasileiros no exterior cresce 132% em quatro anos, e partidos mantêm estratégias em busca de votos

Juliana Castro
RIO - O número de eleitores brasileiros no exterior saltou 132,33% em apenas quatro anos: eram 86.255 em novembro de 2006 e agora são 200.392 pessoas cadastradas fora do país pela Justiça Eleitoral. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o número equivale quase ao eleitorado de um estado como Roraima, que tem menos de 272 mil cidadãos aptos a votar nas eleições deste ano.

Se a comparação levar em conta o ano de 1989, quando aconteceu a primeira eleição direta para a Presidência após a ditadura militar, os números revelam que o aumento do eleitorado fora do Brasil foi ainda maior: 983,6%, em relação a julho deste ano.

A maior parte dos eleitores brasileiros no exterior - 21.076 - vota em Nova York, nos Estados Unidos, e em Lisboa, em Portugal (12.360 no total). Há ainda eleitores espalhados por países como Indonésia, Índia, Irã, Japão e Rússia. Os brasileiros que mantêm domicílio eleitoral em algum município brasileiro, mesmo vivendo no exterior, devem justificar a ausência.

A votação fora do Brasil, organizada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal com o apoio dos consulados ou missões diplomáticas em cada país, ocorre nas sedes das embaixadas, em repartições consulares ou em locais em que existam serviços do governo brasileiro.

Voluntários e comitês espalhados pelo mundo ajudam na busca dos votos

Os eleitores com domicílio eleitoral fora do país votam somente nos candidatos à Presidência. De olho nisso, os partidos dos presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas , Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV), mantêm algumas estratégias para não esquecer do eleitor que está longe do Brasil.

O PT, por exemplo, mantêm núcleos da legenda em Boston (EUA), Havana (Cuba), Manágua (Nicarágua), Lisboa (Portugal), Paris (França), Londres (Inglaterra), Bruxelas (Bélgica), Colônia (Alemanha), Madri (Espanha) e na Dinamarca. Embora tenham sido criados para atuar permanentemente e não somente nesta eleição, os núcleos ajudam na divulgação da candidatura de Dilma nestes países.

Já o PSDB informou que sua forma de atuar junto aos eleitores que vivem no exterior é pela internet e por meio de voluntários. Para isso, o partido tem um banco de dados e faz ações junto ao público-alvo.

O PV foi procurado, mas não informou suas estratégias. No entanto, durante visita a Nova York em julho deste ano, Marina Silva participou da inauguração de uma "Casa de Marina" (comitê domiciliar de campanha), mostrando que também está de olho nestes votos.

Fonte: O Globo

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