segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Designer: profissão fundamental nos dias de hoje

Caio Lauer

Detalhista, pesquisador, criativo, curioso e técnico: estes são os adjetivos que podem descrever o designer. Este profissional tem ampla área de atuação e as mais conhecidas são design gráfico, de produto e webdesign. Independentemente do segmento, o maior desafio do designer é aliar a beleza à funcionalidade e à praticidade.

Para ser um bom profissional do ramo é necessária uma boa formação cultural, pois trabalha observando muito o ambiente e o cotidiano – a relação das pessoas com os objetos -, capacidade de enxergar e se relacionar com o espaço. O conhecimento técnico é primordial, pois tudo que é pensado, projetado e desenhado tem de ter uma forma de realização elaborada.

Existem quase 400 cursos de designers entre graduação e especialização. Existem cursos fundamentalmente de design, em que em determinado período o aluno faz a escolha na ênfase gráfica ou em produto, que podem ser consideradas as áreas mais clássicas. Existem especificidades maiores como digital, embalagem, interiores e até mais sofisticadas como de interfaces e estratégico. O trabalho pode ser exercido em agências de publicidade, de design, indústrias ou em escritórios próprios. “É uma área muito excitante porque mescla vários conceitos. Estas características da profissão de criar, fazer, gerar algo inovador e transformar impulsionam os profissionais”, comenta Luciano Deos, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Design (Abedesign).

No Brasil, a profissão do designer não é regulamentada - não existe Conselho de Classe - embora ela conste do Catálogo Geral de Profissões do Ministério do Trabalho. Isso dificulta um pouco a divulgação da profissão no sentido de deixar claro quem é o profissional e o que faz. “A área gráfico-visual, por ter uma grande amplitude de atuação, sempre é um setor com mais demanda de mercado. Ela está muito ligada à comunicação, embalagens e gráfico-promocional. A parte digital também tem destaque com a atuação de webdesigners, produção de interfaces digitais e games”, aponta Luciano.

Áreas em que a demanda pelos designers são maiores:

Design gráfico

O profissional deste ramo é, acima de tudo, um comunicador. Por isso, além dos aspectos técnicos que aprendidos na universidade, é fundamental o profissional saber com quem está falando e qual a melhor forma de apresentar visualmente seu projeto considerando o tipo de mídia a ser trabalhada.

Para Carlos Neri, 2º secretário da Associação dos Designers Gráficos do Distrito Federal (Adegraf) e sócio da Grifo Design, os conhecimentos técnicos para se tornar um bom designer envolve cores e formas, que são as matérias-primas. Portanto, é fundamental estudar sobre os dois assuntos. “Fora isso, dominar os principais softwares de editoração profissional que serão as ferramentas de trabalho”, indica.

Para esse nicho do mercado, os escritórios de design estão se organizando mais e procurando segmentar as áreas de atuação. Por outro lado, os clientes estão valorizando quem tem uma bagagem maior.

Design de Produto

As aptidões para obter sucesso neste meio são bons conhecimentos em matérias e processos de produção, e noção razoável de imaginação tridimensional - para conseguir transpor para a realidade os conceitos que passam pela mente. É interessante também a habilidade em desenho, mesmo que com uso do computador, para poder experimentar.

No dias atuais, o designer de produto encontra um cenário favorável para o desenvolvimento da profissão. “Para quem tem experiência na área, neste momento específico o mercado está bom. Está em amplo desenvolvimento por conta da percepção das indústrias de que, sem design, o material não vende”, observa Ernesto Harsi, presidente da Associação dos Designers de Produto – ADP. De acordo com Ernesto, empresas com uma visão mais profissional e com atuação internacional, principalmente, perceberam esta necessidade.

Fonte: Jornal Carreira & Sucesso

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