Fábio Fabrini e Evandro Éboli - O Globo e G1
BRASÍLIA - Perto de encerrar a sua gestão no Ministério da Saúde, o ministro José Gomes Temporão entregará a presidente eleita, Dilma Rousseff, um Plano Nacional de Redução da Obesidade no Brasil. Levantamento do ministério mostra que, nos últimos anos, as políticas do governo não conseguiram êxito contra o problema. Se prosseguir no ritmo atual, a obesidade e o sobrepeso no país vão atingir em 2022 os níveis dos Estados Unidos.
De acordo com o relatório Saúde Brasil 2009, divulgado nesta terça-feira, as doenças cerebrovasculares, isquêmicas do coração e o diabetes são as três principais causas de mortes no país. Esses males são causados principalmente pelo sedentarismo, a má alimentação e o tabagismo.
- Estamos diante de uma bomba relógio - disse Temporão.
O plano nacional vai priorizar a negociação com a indústria de alimentos processados, com objetivo de reduzir os teores de açúcares e sal. Além disso, pretende promover ações educativas para estimular atividades físicas.
Em apenas três anos, o diabete passou de quarta para terceira no ranking das causas especificas de morte no país.
Brasil atinge meta de desnutrição infantil
O relatório Saúde Brasil 2009 também destaca que o Brasil atingiu a meta de redução da taxa de desnutrição infantil estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) no primeiro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) - Erradicar a Extrema Pobreza e a Fome. A taxa de desnutrição infantil caiu, entre 1989 a 2006, de 7,1% para 1,8% entre menores de cinco anos com baixo peso para idade. A meta era reduzir a metade a taxa de desnutrição até 2015.
Os dados apontam ainda que o país deve atingir a meta das taxas de mortalidade infantil e da infância em 2012, três anos antes do prazo estabelecido pela ONU. Entre 1990 e 2008, a taxa de mortalidade infantil caiu de 47,1 para 19,0, o que significa uma redução de 59,7%. A meta é atingir a taxa de 15,7.
Segundo o relatório, também houve uma queda de 56% na mortalidade materna por complicações na gravidez. Segundo o estudo, em oito anos houve uma queda de 10% no número de partos no país: em 2000 nasceram 3,2 milhões de pessoas e em 2008 esse número chegou a 2,9 milhões.
O Saúde Brasil 2009 está em sua sexta edição. O estudo foi produzido por 46 autores do Ministério da Saúde, Ipea, SES/SP e seis universidades (USP, UnB, UFG, UFPE, UFRGS e UFF).
Fonte: O Globo
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