Governador estima que R$ 30 milhões sejam destinados para 5.600 pessoas
Carlyle Jr e Evelyn Moraes, do R7 em Nova Friburgo
Moradores deixam suas casas com apenas o que restou de bens materiais na cidade de Teresópolis.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou na tarde desta terça-feira (18) que pretende começar a pagar o aluguel social para os desabrigados no temporal que devastou a região serrana do Estado já a partir de fevereiro.
Segundo Cabral, R$ 30 milhões serão destinados para o pagamento do benefício. O cadastramento ficará a cargo das prefeituras.
A estimativa do governo é que 5.600 pessoas tenham perdido definitivamente suas casas nas sete cidades mais atingidas pela chuva.
Cabral disse também que quer aumentar de R$ 46 mil para R$ 52 mil os recursos destinados ao programa Minha Casa, Minha Vida, o mesmo valor da capital fluminense.
O governador não descartou pedir apoio a órgãos internacionais. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff está reunida nesta tarde com secretários estaduais e representantes do Banco Mundial para negociar a liberação de recursos internacionais.
Os ministros da Defesa, Nelson Jobim, da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e da Justiça, José Eduardo Cardozo, o vice-governado, Luiz Fernando Pezão, Cabral e a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, entre outras autoridades, sobrevoaram os municípios mais devastados pela chuva na manhã desta terça.
O ministro Fernando Bezerra disse que anuncia ainda nesta semana novos financiamentos com prazos maiores de pagamento para os setores prejudicados, como turismo, indústria e produção agrícola.
Ele contou que foi orientado pela presidente Dilma a vir até a região serrana pelo menos três vezes por semana até que a situação se normalize.
Tragédia das chuvas
O forte temporal que atingiu o Estado do Rio de Janeiro dia 11 deixou centenas de mortos e milhares de sobreviventes desabrigados e desalojados, principalmente na região serrana.
As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto foram as mais afetadas. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados. Equipes de resgate ainda enfrentam dificuldades para chegar a alguns locais.
Na sexta-feira (14), a presidente Dilma Rousseff liberou R$ 100 milhões para ações de socorro e assistência às vítimas. Além disso, o governo federal anunciou a antecipação do Bolsa Família para os 20 mil inscritos no programa nas cidades de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis.
Empresas públicas e privadas, além de ONGs (Organizações Não Governamentais) e voluntários, também estão ajudando e recebem doações.
Os corpos identificados e liberados pelo IML (Instituto Médico Legal) são enterrados em covas improvisadas. Hospitais continuam com muitos feridos. Médicos apelam por doação de sangue e remédios. Os próximos dias prometem ser de muito trabalho e expectativa pelo resgate de mais sobreviventes e localização de corpos.
Em visita à região de Itaipava, em Petrópolis, o governador Sérgio Cabral (PMDB) disse que ricos e pobres ocupavam irregularmente áreas de risco e que o ambiente foi prejudicado.
- Está provado que houve ocupação irregular, tanto de baixa quanto de alta renda. Está provado também que houve dano da natureza. Isso não tem a ver com pobre ou rico.
Fonte: R7
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