Carne sobe e assusta consumidor

Com aumento dos preços da carne bovina estimado em 34,45% ao longo do ano passado, jundiaiense tem substituído o alimento por frango e suíno, mas que também estão salgados

A aposentada Ermelina Pereira tem comprado carnes mais baratas
A alta de 34,45% no valor da carne bovina em 2010 mensurada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), não passou despercebida no orçamento do consumidor final jundiaiense.

“Me assustei bastante quando fui comprar carne para o almoço de Natal. O preço subiu muito”, disse a dona de casa Maria do Rosário Almeida, 56 anos, que nesta sexta-feira foi ao açougue para comprar a mistura do fim de semana da família. “Achei que agora em janeiro o preço voltaria ao normal, mas não voltou. O jeito é comer carne só no fim de semana mesmo e, nos outros dias, tem que ser frango, legumes ou uma saladinha de alface e tomate”, completa.

A aposentada Ermelina Pereira, 77, diz que a estratégia tem sido optar por carnes mais baratas, como a carne moída. “Com o que recebo de aposentadoria não dá para comer carne todo dia. Para não ficar sem mistura, estou comprando bastante bucho. Mas tem dia que tem que ser ovo frito mesmo, ou então abóbora, chuchu, essas coisas assim”, afirma.

Justificativa /Os altos preços da carne bovina têm justificativa, de acordo com o gerente comercial de um açougue na região central da cidade, Fábio Luiz de Oliveira: “Nossos fornecedores explicaram que foi culpa da seca. A carne começou a subir em agosto do ano passado e acho que o aumento passou de 45% É que os consumidores foram perceber a diferença só na época das festas de fim de ano, quando compram mais carne do que o habitual”, afirmou.

Oliveira disse que as carnes brancas, como de frango e peixe, tiveram acréscimos de preço também. E nem mesmo a de porco ficou de fora.

“Quando a carne de boi sobe, o preço das outras carnes acompanham esse aumento automaticamente. Mas, como o frango é normalmente 50% mais barato, as pessoas acreditam que só a carne de boi subiu”, afirmou, comentando que é ilusão pensar que dá para economizar comprando outras carnes. “A diferença de preço é a mesma de sempre”.

De acordo com Oliveira, a tendência a partir deste mês é de queda nos preços. “Pelo menos uns 10% deve cair ainda em janeiro”, argumenta.

Fonte: Rede Bom Dia