PETRÓPOLIS - Três jovens foram soterradas em um deslizamento de terra, na madrugada desta terça-feira, na Comunidade Mata Cavalo II, em Araras, Petrópolis, por conta da forte chuva que caiu sobre a cidade. Suellen Sipriano Botelho, de 14 anos, e o de Livia Sipriano Botelho, de 8 anos, e Jussara Sipriano Botelho, de 7, eram da mesma família.
Quatro pessoas escaparam vivas do desmoronamento: Amilton Sipriano, de 45 anos, avô das crianças, Selma Botelho, de 47, avó das meninas, e outras duas crianças, identificadas como Josué, de 9 anos, e Cléber, de 3. Todos acompanham as buscas no local, de difícil acesso.
De acordo com um boletim divulgado esta manhã pela prefeitura de Petrópolis, o deslizamento ocorreu por volta da 0h30m, quando a família estava dormindo. Segundo a Defesa Civil do município, a barreira que atingiu a única residência existente no local tinha cerca de 50 metros de altura, e choveu cerca de 40 milímetros na região de Araras, onde aconteceu o deslizamento. De acordo com o Climatempo, qualquer volume de chuva acima de 15mm num período de uma hora pode ser considerado o de uma chuva forte.
Já no Rio, de acordo com a Defesa Civil municipal, as chuvas ainda não causaram estragos graves. Das 18h de segunda-feira até as 6h desta terça-feira, o órgão recebeu seis chamados, nenhum com vítimas. O mais sério ocorreu na Mangueira, onde uma casa desabou parcialmente, sem deixar feridos. A família que vivia na casa foi removida.
Mais cedo, uma árvore caiu e interditou parcialmente a Autoestrada Lagoa-Barra, sentido Barra, em São Conrado. A árvore já foi removida pelo Corpo dos Bombeiros da Gávea, e a pista liberada por volta das 8h20m.
No momento, a situação é calma, mas é mantido o estado de vigilância. De acordo com o sistema Alerta Rio, o bairro que registrou maior volume de chuvas nas últimas 24 horas foi Guaratiba, na Zona Oeste, com 18,6mm de chuva acumulada
Quatro municípios do Noroeste decretam estado de emergência por causa das chuvas
No Norte/Noroeste do estado, onde no fim de dezembro quatro municípios do decretaram estado de emergência devido ao transbordamento de rios e enxurradas, o nível do Rio Paraíba do Sul está abaixando, mas muitas famílias estão desabrigadas. Segundo a prefeitura de Campos dos Goytacazes, maior cidade da região, na medição realizada às 8h desta terça-feira, o rio baixou de 8,70m para 8,35m. Outro rio que havia causado problemas no município, o Ururaí, se mantém em nível estável.
O estado de emergência foi decretado nos municípios de Santo Antonio de Pádua, Bom Jesus de Itabapoana, Italva e Cambuci. Os cinco rios que cortam a região transbordaram.
Segundo o tenente-coronel bombeiro Douglas Paulich, que preside o Conselho de Gestores Municipais formado por 18 municípios, a região necessita de recursos federais para obras preventivas.
Em setembro do ano passado, o governador Sérgio Cabral prometeu construir 300 casas em cada município, através do programa Morar Seguro, para alojar famílias que moram em áreas de risco. As obras, contudo, ainda não começaram.
A Defesa Civil estadual informou que, até o momento, não recebeu solicitações de ajuda por parte dos municípios, assim como nenhuma documentação com relação a estado de calamidade.
Fonte: O Globo
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