quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Como economizar na compra do mês ou do carro próprio

Especialistas ensinam truques simples para pagar menos na hora de comprar produtos ou contratar serviços


Consumidor que escolhe produtos da marca do próprio supermercado costuma economizar

São Paulo – Se a escalada da inflação coloca em pauta a corrosão do poder de compra dos brasileiros, é bom lembrar que os consumidores também assumem uma parcela de culpa na sobrecarga do orçamento quando aumentam os gastos em velocidade superior à que veem seu salário subir. Para dar folga à carteira, saiba como conseguir melhores preços na hora de fazer as compras do mês, negociar o financiamento do carro e pagar a anuidade do cartão de crédito.

No supermercado

Em dezembro do ano passado, a ONG de defesa do consumidor ProTeste pesquisou uma cesta de 64 produtos em diversas capitais do país. A conclusão foi que optar por itens que carregam a marca do supermercado implica, em média, em uma economia que beira três quartos do valor que seria gasto para encher o carrinho com os tradicionais líderes de mercado. Foram avaliados desde alimentos como batata frita e biscoito maizena a artigos de limpeza como amaciante e esponja.

"As pessoas têm que se conscientizar que podem gastar menos sem deixar a qualidade e a segurança de lado", aponta Maria Inês Dolci, coordenadora da instituição. E se persiste a desconfiança que produtos sensivelmente mais baratos não serão tão bons quanto seus concorrentes, a ProTeste lembra que alguns deles ganharam inclusive o selo de melhor escolha para o consumidor em testes comparativos realizados no passado pela entidade. Foi o caso do azeite de oliva da marca Carrefour e do feijão preto da Great Value, comercializado na rede Walmart.

Quando considerada toda a cesta de produtos, quem se saiu melhor foi o supermercado Big do Rio Grande do Sul, seguido pelo também gaúcho Nacional (diferença de 126%) e pelo Extra de Minas Gerais (108%).

Na concessionária

Se o consumidor está disposto a bancar as parcelas de um financiamento para colocar o carro novo na garagem, a dica é revelar por último o valor da prestação com a qual pode arcar mensalmente. De posse dessa informação, o vendedor pode estudar uma lista de financeiras que trabalha com a concessionária, apresentando aquela que oferece a maior comissão para ele, ao invés da melhor condição para o comprador. “O indivíduo só deve revelar alguma coisa quando conhecer todas as condições da concessionária. Aí sim ele terá poder de barganhar para inverter o processo e conseguir o melhor preço”, aconselha o educador financeiro Reinaldo Domingos.

Vale lembrar que as melhores ofertas costumam ser anunciadas na terceira semana do mês. É justamente neste período que os vendedores que não tiverem batido sua cota estarão ávidos por fechar negócio. Portanto, é quando crescem as chances de acordos mais vantajosos, menos burocráticos e com maiores descontos.


Com o cartão de crédito

Popularizado na última década, o cartão de crédito vem ocupando uma lacuna deixada pelo cada vez mais obsoleto talão de cheques. Com a facilidade de agregar as compras e dividi-las em parcelas esparsas, o dinheiro de plástico pode sim ser um instrumento barato quando usado com cautela.

O risco é para quem parcela a conta na hora de quitar a fatura e sofre com a incidência dos juros mais caros da praça. Em média, essa taxa costuma ultrapassar 230% ao ano. O consumidor que paga a conta na íntegra lida somente com a anuidade do cartão. E até esse valor pode ser jogado para baixo - quando não completamente extinto - mediante algum jogo de cintura do usuário.

Para Andreas Belck, coordenador do departamento de finanças da ESPM, vale a pena contatar o 0800 da operadora e pedir descontos na anuidade do cartão com base em valores menores ou gratuitos oferecidos pela concorrência. “Se você usar esse argumento, é provável que eles tentem oferecer uma contrapartida. Afinal, há um interesse em não perder o cliente”, ensina.

O professor lembra, contudo, que é preciso muita responsabilidade na hora de usar o cartão. “Você estará gastando o que não tem para pagar depois. Por isso, jamais use esse artifício se não tiver recursos para pagar a conta no vencimento. Os juros serão absurdos”, diz.

Fonte: Portal Exame

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