quarta-feira, 2 de março de 2011

Firjan divulga Sondagem Econômica Industrial

Pesquisa foi realizada pela Gerência de Estudos Econômicos do Sistema FIRJAN junto a 188 empresas fluminenses

O Sistema Firjan, através da sua Gerência de Estudos Econômicos, realiza junto aos empresários do estado do Rio de Janeiro uma pesquisa qualitativa trimestral da atividade industrial. Nela são avaliadas a evolução recente e as perspectivas das diferentes variáveis que norteiam a economia industrial do estado. Com este trabalho, a Firjan – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro - possibilita o melhor entendimento da dinâmica industrial da região.

Panorama geral do Estado

Em 2010, o cenário foi positivo para as indústrias fluminenses em todas as regiões do Estado, com crescimento nas vendas e aumento da contratação de mão de obra. E, mesmo operando com reduções da margem operacional devido à valorização do câmbio e competição dos importados, o segmento começou este ano “no azul”.

A pesquisa foi feita junto a 188 empresas fluminenses, sendo 122 de pequeno porte, 49 de médio porte e 17 de grande porte, e mostra que as perspectivas para 2011 são também positivas: para atender à demanda, os empresários mostram disposição em contratar mais mão de obra e comprar matérias primas. Mas a elevada carga tributária continua liderando a lista de entraves encontrados pela indústria fluminense para seu desenvolvimento, seguida pela competição acirrada e falta de mão de obra qualificada.

Região Centro-Norte Fluminense

De acordo com a pesquisa, o intenso aumento da demanda foi maior do que o incremento da produção das indústrias da Região Centro-Norte Fluminense, onde se situam os municípios da Representação da Firjan com sede em Nova Friburgo. Nessa região, a indústria têxtil e do vestuário vinham apresentando franca expansão - houve redução acima do planejado do volume de estoques e intensificação das contratações - até as perdas ocasionadas pelas chuvas, que assolaram a região após a coleta dos dados.

A venda dos estoques e o aumento dos pedidos propiciaram situação financeira confortável para as empresas da Centro-Norte antes da tragédia, embora os empresários ainda se mostrassem insatisfeitos com a margem de lucro operacional. A Sondagem apontava para um cenário de crescimento generalizado para a indústria da região Centro-Norte, com crescimento da demanda, do número de empregados, das exportações e da compra de matérias-primas. Já em patamar elevado, o crescimento do volume de produção encaminhou o nível de capacidade instalada - 79% - para acima da média histórica da região ( 74%).

Para o presidente da Firjan no Centro-Norte Fluminense, Vicente Ribeiro, após as chuvas e os desastres de janeiro, a grande maioria das empresas industriais da região já atingiu patamares de recuperação plena de suas instalações produtivas. “Entretanto, enquanto não for resolvida a concessão de crédito, que abranja um conjunto amplo e significativo de empresas, persistirá uma impactante debilidade financeira em muitas empresas industriais que arcaram com prejuízos expressivos”, afirma ele.

“As projeções diferem dependendo do segmento industrial. Há perspectivas muito positivas, mantendo a tendência observada em 2010, nos segmentos da indústria metal-mecânica especializados na produção de produtos e equipamentos relacionados à construção civil e aos pólos de gás e petróleo. Há também segmentos com perspectivas positivas que suprem produtos de baixos preços demandados pela população de menor renda. As empresas da região atingida ainda encontram dificuldades devido à lentidão na obtenção do crédito da linha aberta pelo BNDES. Sem a situação do crédito plenamente definida, tanto a expansão na aquisição de insumos como a expansão do emprego são afetadas”, continua o presidente da Firjan Regional”, explica.

Vicente Ribeiro também destaca a elevada carga tributária, assim como os custos para se atender às obrigações acessórias impostas pelas autoridades tributárias dos governos municipais, estaduais e federal, que continua sendo um empecilho agudo para todas as empresas do Brasil. “No caso daquelas atingidas pelas chuvas, tendo em vista os impactos negativos na competitividade, os empecilhos da carga tributária elevada tendem a impor ainda mais dificuldades”, finaliza.

Fonte: Assessoria de Comunicação Firjan - Friburgo

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