O trânsito caótico em Nova Friburgo não é novidade para os motoristas que percorrem as ruas da cidade. Principalmente nos horários de almoço e após as 17h, congestionamentos se formam nas intermediações do centro e nos sentidos para Olaria e Conselheiro Paulino. Muito tem se falado a respeito, medidas têm sido providenciadas, mas um outro fator que tem causado muita preocupação é o crescente número de acidentes no município, principalmente envolvendo motocicletas.
Na última semana, a gerência de comunicação da Autarquia Municipal de Trânsito, a Autran, divulgou uma nota alertando sobre o índice de acidentes de moto em Nova Friburgo. Através do comunicado, a Autran informou que tem crescido o fluxo de motocicletas no trânsito do município e que na mesma proporção a estatística de acidentes com motociclistas tem aumentado.
Dados compilados pelo Instituto de Segurança Pública, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Segurança Pública, concluiu que apenas em janeiro de 2011, no interior do estado do Rio de Janeiro, 79 pessoas chegaram a óbito em consequência de um acidente de trânsito, enquanto outras 1.010 vítimas sobreviveram, mas sofreram algum tipo de lesão. “As motos representam aproximadamente 7% da frota brasileira de veículos, mas estão envolvidas em 35% dos acidentes. Entretanto, a grande maioria dos acidentes pode e deve ser evitada” – destacou a gerência de comunicação da Autran.
Quedas, colisões entre motocicletas, com carros, ônibus, caminhões ou animais são os casos mais comuns, mas na maioria dos registros a imprudência ainda é a grande causadora dos acidentes. A exemplo disto, a Autran comunicou que no início da noite de domingo, 20, dois motociclistas estavam disputando um pega no distrito de Amparo e ao por um redutor de velocidade, sofreram queda, sendo que uma das motos veio a colidir com um ônibus, ocasionando a morte do condutor. O outro motociclista fugiu deixando para trás o carona que estava ferido e foi encaminhado para o hospital.
Na moto, piloto e passageiro estão sempre muito expostos. Grande parte dos acidentes com este tipo de veículo gera algum tipo de lesão ou ferimento se os usuários não estiverem utilizando equipamentos de proteção. Segundo estudos realizados nos Estados Unidos, o capacete reduz em 70% o risco de morrer em acidente de moto. Mesmo assim, muitos pilotos negligenciam o uso do capacete para pequenos percursos, ou em áreas conhecidas, no entanto, as estatísticas mostram que a maioria dos acidentes ocorre apenas poucos minutos após a partida.
A recomendação dos órgãos responsáveis pelo trânsito em todo o país é sempre a mesma, de que o motociclista deve pilotar defensivamente para evitar acidentes, independente das condições adversas e das ações dos demais motoristas.
Confira as dicas da Autran para que os motociclistas evitem acidentes:
• Utilizar sempre capacete com viseira e óculos de proteção (condutor e passageiro), independente da distância a ser percorrida. Deve estar devidamente fixado à cabeça;
• Usar roupa apropriada para a atividade. O uso de coletes refletivos é obrigatório para motoboys e opcional para motociclistas que não usam a moto profissionalmente, porém recomendado, para facilitar aos condutores de outros veículos enxergar motociclistas à noite;
• Conduzir com as duas mãos no guidão da motocicleta;
• Levar passageiros sentados corretamente no assento especial;
• Manter o farol ligado, mesmo durante o dia;
• Dar preferência às vias especiais e trafegar no centro da pista;
• Ao estacionar, as motocicletas devem obrigatoriamente estar em posição perpendicular à guia da calçada (meio-fio), com exceção dos locais onde a sinalização determine outra norma;
• A motocicleta pode ser posicionada mais à direita na faixa, mais à esquerda ou ao centro. Isso depende da situação, de maneira a melhorar sua segurança e ser visto melhor;
• Evitar trafegar ao lado direito dos demais veículos. Os motoristas não têm o hábito de usar o retrovisor da direita;
• Participar do fluxo de veículos sem “costurar”, usando a faixa regular como se estivesse de automóvel. Mudar de faixa constantemente ou andar entre as filas coloca o motociclista em áreas de baixa visibilidade dos automóveis ou pontos cegos.
• Ao trafegar ao lado de um veículo, colocar-se em posição tal que o outro condutor possa ver, diretamente ou pelo retrovisor.
• Cuidado ao passar perto de veículo parado: seus ocupantes podem abrir portas repentinamente. É comum também o condutor sair com o veículo da vaga sem ver que uma moto se aproxima.
• Ao ver um bloqueio, na pista à frente, criar uma zona segura, baixando a velocidade e mudando de pista com antecedência.
• Sinalizar sempre, mostrando sua intenção antes de manobrar.
Fonte: Nova Imprensa
Nota do Editor: É preciso realmente, que os motociclistas repensem suas atitudes. Uma boa parcela da categoria começa a "pagar pelos pecador". Afinal, são mesmo mesmo incontáveis os abusos cometidos por eles nas ruas da cidade. É aquela velha história, depois que o "filhão dança", fica a mãe chorando a morte do prematuro junto ao caixão como se ele fosse um inocente. Barbaridade. Falta "simancol" na sociedade.
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