quinta-feira, 5 de maio de 2011

Turismo médico gera oportunidades de negócio

Segmento aproveita a excelência de tratamento de hospitais brasileiros para atrair turistas até de outros países

Por Fernando Cymbaluk

Pequenas empresas descobriram um nicho de negócio que tem se mostrado lucrativo, o do turismo de saúde. Segundo estimativas do Ministério do Turismo, calcula-se que o setor mobilize cerca de 42 milhões de viagens por ano no Brasil. O segmento agrega tanto o turismo medicinal - motivado pela realização de tratamentos médicos, exames e serviços estéticos e terapêuticos - quanto o de bem-estar, que inclui spas, estâncias hidrotermais, balneários e resorts. Apesar de ainda estar em processo de estruturação, esse mercado já tem gerado oportunidades de negócio, inclusive em sua vertente médica.

Atenta ao mercado, Mariana Palha abriu a Prime Medical Concierge em 2007 para recepcionar pacientes estrangeiros que vêm ao Brasil ou brasileiros que vão a outras cidades em busca de tratamento médico. Para inaugurar a empresa, ela aproveitou a sua formação acadêmica em hotelaria e a dica recebida por vários médicos, que se queixavam da falta de estrutura para receber estrangeiros. Mariana explica que a Prime acompanha o paciente durante sua permanência na cidade em que realiza o tratamento médico, providenciando tudo o que for preciso. A empresa também toma conta para que o cliente siga todas as orientações dadas pelo médico. “Somos consolidadores de vários serviços”, diz Mariana. “Fazemos parcerias com trasportadoras, hotéis e supermercados para suprir as demandas do cliente”. A empresa conta com oito funcionários, tem sede em São Paulo e atua também no Rio de Janeiro. “Às vezes, nem encontramos o cliente pessoalmente. Quando ele chega no hotel, entra no quarto, vê o nosso cartão de boas-vindas e já tem à disposição os nossos serviços”, diz a empresária. A Prime faturou R$ 1,1 milhão em 2010 e tem previsão de crescimento de 20% para este ano.

Antes de empreender no ramo de prestação de saúde, Mariana conta que estudou o código de ética médica e a legislação para não cometer nenhuma irregularidade. Sua empresa, por exemplo, não indica médicos, por ser proibido por lei e devido à corresponsabilidade jurídica que tal ato implicaria. “A contratação de nossos serviços é feita através da indicação que médicos parceiros fazem aos seus pacientes”, diz Mariana.

Segundo Mariana Palha, a maioria dos clientes da Prime é formada por brasileiros. Mas isso não impede a realização de uma atividade turística em paralelo. “O paciente que quiser realizar um passeio na cidade, desde que com autorização do médico, conta com nosso apoio.”

Fonte: PEGN

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