sábado, 18 de junho de 2011

Guerra à bactéria está longe de um fim

LIDL garante que não tem à venda carne suspeita de estar contaminada com a bactéria do E.Coli
Enquanto em França a situação clínica de uma das sete crianças internadas piorou substancialmente em Itália as autoridades retiraram da circulação cerca de cinco toneladas de hambúrgueres e almôndegas de origem francesa. Em Portugal, o Lidl garante não vender carne dos lotes contaminados com a bactéria.Guerra à bactéria está longe de um fim

Uma das sete crianças internadas num hospital de Lille depois de terem comido hambúrgueres deteriorou-se substancialmente de acordo com o ministro da Saúde francês Xavier Bertrand.

“Uma das crianças foi submetida ao processo de diálise durante a noite” informou Xavier Bertrand em declarações à rádio Clássica. “A sua condição piorou”, acrescentou o responsável pela pasta da Saúde.

Na quinta-feira três outras três crianças foram submetidas à hemodiálise, um processo de limpar o sangue em caso de falha dos rins. Todas as crianças sofrem de anemia e gastroenterite hemorragica.

As crianças, todas elas com idades compreendidas entre os 20 meses e os oito anos, adoeceram com sintomas como por exemplo diarreia. Uma já teve alta do hospital na passada quarta-feira.

As autoridades sanitárias do país garantem no entanto, que a bactéria em causa não está relacionada com o surto de E.Coli que matou 39 pessoas e adoeceu mais de 3.000 pessoas, sobretudo na Alemanha, e que levou à atribuição da culpa aos vegetais, começado pelos pepinos e causando uma grave crise no sector em toda a Europa e que motivou mais tarde a concessão de uma ajuda financeira por parte da Comissão Europeia.

A causa do surto em França é atribuído pelas autoridades sanitárias aos hambúrgueres vendidos congelados para distribuição sob o rótulo de “Steaks Country”.

Em consequência a cadeia de distribuição Lidl retirou de toda a sua rede de superfícies comerciais a carne de hambúrgueres e almôndegas congeladas da SEB-CERF de que é a distribuidora oficial.

Guy Lamorlette chefe-executivo da SEB-Cerf apressou-se a declarar que a carne suspeita de ter contaminado os jovens franceses foi proveniente da Alemanha. A empresa ainda não conseguiu no entanto determinar a origem da infeção. O resultado das análises deverá ser conhecido nos próximos dias.

Itália apreende cinco toneladas de hamburguéres e almôndegas

Em Itália, as autoridades retiraram da circulação cerca de cinco toneladas de hambúrgueres e almôndegas da marca francesa.

“Os carabineiros [policia italiana] apreenderam 1.570 pacotes de hambúrgueres de um quilo e 4.000 pacotes de almôndegas de 900 gramas (num total de cinco toneladas) da marca Steaks Country” fabricada pela marca francesa SEB-CERF.

A apreensão aconteceu nos arredores de Verona numa plataforma de distribuição da cadeia Lidl, que de acordo com fontes da autoridade sanitária italiana, “está a colaborar plenamente” com as autoridades e “retira dos seus supermercados os produtos suspeitos”, de acordo com fonte do ministério da Saúde italiano.

As apreensões deverão continuar durante todo o dia desta sexta-feira sendo colhidas amostras que serão analisadas pelo Instituto Zooprofilático de Pádua, “para verificar a presença de bactéria infecciosas”.

LIDL garante que em Portugal não há carne suspeita à venda

O surto de e.coli que surgiu em França não teve consequências em Portugal.

A cadeia de hipermercados Lidl garantiu que os hambúrgueres suspeitos não são comercializados nas suas lojas no nosso país.

Na quinta-feira, às primeiras horas da manhã as autoridades portuguesas receberam um alerta europeu de mais um susto de E.Coli.

À Direção-Geral de Saúde chegou também a informação de que o surto estava circunscrito á região de Lille em França. Mas ainda assim a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) entrou em ação.

Os fiscais da ASAE trataram de verificar se os hambúrgueres suspeitos de causarem o novo surto de E.Coli e contactou os responsáveis pela cadeia de supermercados alemã Lidl efetuando várias inspeções às suas lojas.

As autoridades sanitárias ficaram mais descansadas com o resultado dessas investigações já que os resultados obtidos foram negativos.

O colosso alemão através dos seus representantes em Portugal garantiu desde a primeira hora que a carne alegadamente contaminada não está à venda nas suas lojas em Portugal.

Os pequenos surtos de E.Coli estão bem documentados desde o longínquo ano de 1993 data em que foram conhecidos os primeiros surtos nos Estados Unidos.

Verificaram-se sempre que houve uma quebra nos rigorosos protocolos sanitários. Razão pela qual as autoridades francesas estão neste momento a tentar perceber o que é que falhou.

Fonte: RTP

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