O Ministério Público Federal (MPF) investiga se empresários pagaram propina a autoridades públicas para aprovar contratos sem licitação nas obras emergenciais de Teresópolis e Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, após as enchentes de janeiro deste ano, que deixaram mais de 900 mortos e 345 desaparecidos. A investigação, que corre em segredo de Justiça, foi revelada pelo jornal O Globo.
De acordo com a publicação, um empresário beneficiado pela delação premiada revelou que antes da tragédia vigorava um esquema de propina em Teresópolis, no qual representantes de órgãos municipais exigiam de 5% a 10% para escolher empresas que fariam o serviço.
Após as chuvas, de acordo com o empresário, secretários municipais e estaduais passaram a cobrar 50% do valor repassado pelo Ministério da Integração Nacional para a retirada de entulho e desobstrução das ruas, além da instalação de um aterro sanitário. A verba total repassada pela União ao Estado do Rio foi de R$ 100 milhões.
Em Nova Friburgo, cidade mais atingida pelas chuvas, o MPF instaurou 10 inquéritos para investigar a aplicação de R$ 10 milhões. As secretarias de Obras e de Assistência Social e Direitos Humanos do governo já entregaram as informações sobre os serviços contratados para aplicação dos milhões repassados pela União. (Agência Estado)
Fonte: O Povo On Line
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