SÃO PAULO - O brasileiro está mudando seus hábitos de consumo e comprando mais roupas pela internet. É o que revela uma pesquisa da e-bit divulgada hoje. Os pedidos dentro da categoria Moda e Acessórios aumentaram 108% em outubro último ante igual mês do ano passado.
Outra categoria que se destacou foi Esporte e Lazer, com alta de 145% na mesma base comparativa. Por sua vez, houve alta de 55% na categoria Joalherias. O faturamento dessas categorias também cresceu. Moda e Acessórios registrou alta de 11%, Esporte e Lazes, 99%, e Joalheria, 62%.
Segundo a e-bit, além de estarem acima da linha de crescimento do canal, esses segmentos têm conquistado a confiança dos consumidores, que até pouco tempo não se sentiam confortáveis em adquirir produtos que não pudessem tocar, principalmente as roupas, que as pessoas gostam de experimentar.
" A evolução das plataformas nos conceitos web 2.0 contribuem para a linha de crescimento dessas categorias. As lojas que comercializam esses tipos de produtos podem disponibilizar vídeos, reviews e imagens 3D para que seus clientes sintam-se mais confiantes em efetuar pedidos de produtos que antes necessitavam ser obrigatoriamente tocados e experimentados pessoalmente " , explicou o diretor-geral da e-bit, Pedro Guasti.
No comércio eletrônico, a padronização de roupas, acessórios e artigos do gênero é o maior obstáculo, porque os consumidores ainda são avessos à realização de compras apenas orientando-se pela numeração.
Por conta disso, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a Associação Brasileira do Vestuário (Abravest) estão definindo novas normas de medidas. O processo começou com a padronização de meias e, desde o dia 1º de julho deste ano, foi colocado em consulta pública o projeto de norma infantil. Nos próximos meses, devem ser analisados tanto o vestuário masculino quanto o feminino.
Guasti acredita que a venda de roupas no comércio eletrônico brasileiro continuará crescendo, principalmente se o Brasil seguir a tendência de evolução do setor que foi observada nos Estados Unidos.
" É um segmento com grande potencial para desenvolvimento, até porque representa uma pequena fatia do total de vendas na web. Se tomarmos como exemplo a venda de bens de consumo nos Estados Unidos, essa categoria é a segunda mais vendida, perdendo somente para livros " , explicou o executivo.
(Karin Sato - Valor)
Fonte: O Globo
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