quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Senadores pedem investigação sobre a compra da GVT

Os senadores Kátia Abreu (DEM-PE) e Antonio Carlos Peixoto de Magalhães Júnior (DEM-BA) protocolaram na manhã desta terça-feira (15/12) um requerimento que solicita uma audiência pública para esclarecer a compra da GVT pela francesa Vivendi.


Em entrevista ao Zeros e Uns, o senador Magalhães Júnior afirmou que a razão para a audiência pública é o esclarecimento das dúvidas sobre a transação. “Foram levantados vários questionamentos na mídia sobre aspectos nebulosos da transação. A Telefônica que era franca favorita de repente perdeu e apareceu a Vivendi. Na dúvida, resolvemos pedir a audiência”, disse.

O Zeros e Uns teve acesso ao conteúdo da requisição e ele não detalha exatamente quais os motivos de dúvida da transação. Segundo o texto, “são preocupantes as recentes notícias veiculadas pela imprensa especializada, em que consta que o grupo francês Vivendi, que assumiria o controle do capital votante e total da GVT, não teria em seu poder, à época de seu anúncio como fato relevante, as ações necessárias correspondentes”.

O texto afirma ainda que “o mercado de valores mobiliários no país se baseia na transparência e pleno acesso de todas as partes envolvidas, inclusive e especialmente acionistas minoritários, às informações relevantes que cercam uma operação de transferência de controle majoritário”.

A iniciativa na Comissão de Assuntos Econômicos é a primeira a tramitar no Senado que questiona a viabilidade da aquisição. Para a audiência pública foram convocados a presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Maria Helena Santana, o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, o presidente da GVT, Amos Genish, um representante legal da Vivendi e um do Ministério Público Federal.

A audiência deverá ser convocada, no entanto, apenas em janeiro, já que o Senado entrará em recesso a partir da próxima sexta-feira (18/12). Segundo o senador, o encontro deverá ser realizado até março. “Caso as dúvidas não sejam solucionadas na audiência, devemos partir para um pedido de investigação mais profunda”, afirmou.

Procuramos a assessoria da GVT, mas a operadora afirmou que não se pronunciará no momento.

Fonte: Portal Exame

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