quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Vampiro brasileiro também pode ser clássico

O vampiro do fluminense Ivanir Calado, de 56 anos, é talvez o mais tradicional de todos. Ele não come alho, não se vê no espelho e foge da cruz como o diabo. Mas obedecer às regras do gênero não é obstáculo para o autor.


Calado gosta de contar histórias, muitas vezes com pitadas autobiográficas. Em O Mundo de Sombras: o Nascimento do Vampiro, dois amigos de infância se afastam na adolescência, quando um deles se torna vampiro - clique aqui para ler um trecho do romance. Quando publicou o livro, em 2007, o escritor o indicou a um antigo amigo, de quem se afastara ainda adolescente. A mensagem funcionou. A amizade foi reatada.

A relação com a atmosfera de mistério vem da infância, quando o autor morava em Nova Friburgo. A casa da família tinha como vizinho o barraco de uma senhora negra, que desfiava histórias fantásticas com seriedade. "Eu ficava impressionado", lembra o escritor. Mais tarde, a leitura de Stephen King ajudou a consolidar o gosto pelo oculto. "Não vejo a menor graça no realismo. Acho uma forma pobre de descrever a realidade, que tem muitas camadas."

Adotado por escolas, O Mundo de Sombras: O Nascimento do Vampiro contabiliza 26.000 exemplares comercializados. Caverna dos Titãs, outro livro de Calado lançado pela Galera Record, selo infantojuvenil da editora, vendeu 6.000. O Mundo de Sombras deve ter continuidade: o desejo de Calado é fazer dele uma trilogia.

Fonte: Veja.Com

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