SÃO PAULO - Uma mulher de 37 anos é acusada de dirigir bêbada na contramão e provocar a morte de cinco pessoas em um acidente ocorrido na noite de domingo no km 64 da Rodovia BR-153, em São José do Rio Preto, na região Norte de São Paulo. Segundo teste realizado pela Polícia Rodoviária Federal, três horas após a tragédia, a fotógrafa Ednéia Izidoro Tavares tinha 0,24 ml de álcool por litro de ar expelido.
O acidente ocorreu às 22h10m de domingo, quando ela entrou na contramão da rodovia, ao volante de um Fiesta Sedan, chocando-se de frente com o Gol pilotado pelo PM Donizete Aparecido Martins, de 41 anos. Além do motorista, morreram a mãe dele, Nadir Aparecida Capelin Martins, de 69 anos, a irmã, Adalgisa Helena Martins, 45, a namorada do policial, Ana Carolina Pinheiros, de 26, e a a amiga da família Elaine Dominici Sinfuente, de 41. Ana e Dalgisa chegaram a ser levadas com vida ao Hospital de Base, mas não resistiram aos ferimentos. De acordo com Luís Carlos Pelicer, parente e amigo das vítimas, todos vinham da casa de uma irmã do policial, Elisabeth, que mora em São Deocleciano, bairro da Zona Oeste de São José do Rio Preto.
- Isso é uma desgraça em qualquer família. Todos se gostavam muito - disse Luís.
Segundo o inspetor da PRF José Zanin Júnior, a colisão aconteceu em um trecho em que uma pista simples se transforma em dupla, com duas mãos, na rodovia.
- A motorista deveria pegar à direita para permanecer na mão correta, mas ela não fez isso - disse o policial, que não soube informar por quantos quilômetros Ednéia trafegou na contramão.
O teste de dosagem alcóolica foi realizado pela própria PRF com um bafômetro no Hospital de Base de São José do Rio Preto, onde Edinéia foi atendida com ferimentos leves.
- Fomos lá porque alguém do hospital nos informou que ela apresentava alteração, possivelmente causada por bebida alcoolica - afirma Zanin Júnior.
A fotógrafa, no entanto, se recusou a tirar sangue para outro teste que seria feito pela Polícia Civil. Conforme a avaliação do inspetor, o teor alcoolico apresentado por Ednéia estava 0,14 ml acima do permitido, mas não suficiente para caracterizar crime. Por isso, após ser indiciada por dolo eventual, Ednéia foi liberada pelos policiais do 5º Distrito Policial de Rio Preto, onde a ocorrência foi registrada.
- Ela cometeu uma infração administrativa e não penal - avalia o inspetor da PRF, que não teve acesso ao boletim policial do caso.
Fonte: O Globo
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