Associação paulista do setor faz pedido nesta quarta-feira para tentar convênio do programa do Departamento Nacional de Cooperativismo e Associativismo Rural (Denacoop).
Fonte: Redação Porkworld09.02.2010 - 14:12A Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS) vai requerer nesta semana ao Departamento Nacional de Cooperativismo e Associativismo Rural (DENACOOP) o estudo inicial que pode incluir a entidade no Programa de Intercooperação para Acesso a Mercados. O trabalho é uma iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para disseminar a formação de grupos de negócios entre parceiros que possam fazer novos investimentos com menos exigências fiscais, burocráticas e regulatórias.
São modelos de associação e consórcio entre empresários que não necessitam de registro nas juntas comerciais ou pagamentos adicionais de impostos, o que dá agiliza a gestão e o lançamento de novos produtos e serviços. O Denacoop já firmou convênio semelhante com unidades agropecuárias do Sul e Centro-Oeste do Brasil e agora quer promover a estratégia com os criadores independentes ligados à Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), um grupo de aproximadamente 15 suinocultores que representam cerca de 40 mil matrizes. O convite oficial ocorreu durante um encontro entre o Diretor do Denacoop, Daniel Amin Ferraz, e os produtores da APCS, em Campinas, no dia 4 de fevereiro.
“O associativismo é um caminho novo que se abre no mundo moderno. Podemos nos juntar, sem muitas obrigações e leis, criar e lançar marcas, fazer compras, trocar e aperfeiçoar fornecedores, obter descontos, negociar melhor. Tudo sem muitas amarras.
Assim, podemos ampliar nossa atuação e firmar uma presença mais marcante e sofisticada no Agronegócio nacional”, explicou o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira Junior. A decisão foi tomada durante a 6ª Bolsa de Suínos realizada nesta segunda-feira, pela APCS, em Campinas.
Até abril, o Denacoop analisa o pedido da APCS para aprovar um projeto inicial de viabilidade e consultoria, que é pago pelo governo federal. Enquanto isso, os produtores permanecem discutindo como o consórcio pode trabalhar em relação à aquisição de insumos, compra de animais vivos, abate, industrialização, logística e distribuição de carne suína e produtos derivados. Se tudo for aprovado, o convênio vale durante cinco anos, tem aditivos legais anuais, sem contrapartida da APCS e as contas devem ser prestadas para análise do Tribunal de Contas, já que o dinheiro é público. Os investimentos são feitos, geralmente, na implementação do projeto e assistência jurídica e contábil.
“Precisamos de escala para poder competir. Caso contrário, em cinco anos estaremos acabados, sem nossos suínos. Mas é importante que cheguemos a um modelo de profissionalismo, gestão competente, comprometida e que dê resultados efetivos”, defendeu o 2º vice-presidente da APCS, Roberto Cano Arruda. “Não há tempo a perder agora porque em abril acaba o prazo para projetos entre o poder público e as entidades, uma exigência da legislação eleitoral brasileira”, destacou Valdomiro Ferreira.
Para acompanhar o processo nestes dois meses iniciais, a APCS formou um comitê com a presença dos dirigentes Olinto Arruda (Coordenador), Valdomiro Ferreira (Secretário) e Pedro Gabone (Conselheiro). “Acredito que possamos ter sucesso com um projeto assim, principalmente se ele for dirigido para toda a cadeia de produção, da granja à industrialização”, defendeu Olinto Rodrigues Arruda, que no fim do ano passado conheceu modelos de associação e consórcios na Europa, integrando uma comitiva de produtores e empresários coordenada pelo Denacoop. “Já temos experiência em compras de insumos, venda de animais vivos e o gerenciamento de nossos negócios. Penso que uma nova ação possa ajudar se permitir que avancemos mais, trabalhando, principalmente, com o nosso suíno paulista”, argumentou o produtor e representante de frigorífico José Ovídio Sebastiani.
As decisões foram aprovadas pelos 13 representantes que participavam da Bolsa e agora vão ser comunicadas aos outros associados. “Não tenho nenhuma dúvida de que sabemos comprar. E bem. Já fazemos isso com a alimentação, em grupos, conseguindo descontos e depois cada um cuidando do seu transporte. Logo, se nos unirmos para outras ações da cadeia produtiva, certamente pode ser muito compensador como negócio”, resumiu o conselheiro da associação, Carlos Alberto Cunha. “Não é só questão de uma nova visão, de criar marcas próprias, crescer e modernizar. Haverá muita pressão contrária. Mas o consórcio é uma estrutura que nos dá agilidade. Se o estudo apontar que não há muito mercado, desistimos. Mas também pode ser usado por grupos menores ligados à APCS. Só não pode ser individual. Teremos prioridade em negócios já tocados pelo Mapa, como os escritórios de comércio abertos pelo mundo. Uma excelente oportunidade para ratificarmos o Selo Suíno Paulista e o conceito de suinocultura paulista que defendemos há tanto tempo”, exortou Valdomiro Ferreira.
Fonte: Animal World
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente livremente, mas sem abusar do critério da livre escolha de palavras. Assuntos pessoais poderão ser excluídos. Mantenha-se analítico e detenha-se ao aspecto profissional do assunto em pauta.