*Ronaldo Hofmeister
Hoje o profissional de marketing deve pensar em novas alternativas de relacionamento com o consumidor. A mídia de massa pode não estar morta mas possibilidades de interação com o consumidor aumentaram assustadoramente. Cada vez mais o brasileiro esta usando meios de comunicação que até então eram raros de se ver: os “messengers”, a troca de textos pelo celular (SMS), blogs, o ambiente multimídia de celulares (MMS), fotoblogs, palm’s que recebem e enviam e-mail’s sem precisarem conexão com fios, na Sky (TV por assinatura) já é possível comprar pelo controle remoto da TV. Sem contar com o atual momento que o estamos passando da escolha do modelo digital que se adotará para TV e rádio brasileira que revolucionará a forma como recebemos estes sinais não somente em termos de qualidade mas de interação.
Com toda esta interatividade, muitas empresas estão aproveitando a oportunidade para usarem estratégias de “Buzz Marketing” ou Marketing Viral, também conhecido como o marketing Boca-a-boca, usando a força da palavra de seu próprio cliente que dissemina sua paixão e aceite por um produto ou serviço. Se um cliente está satisfeito pode mandar imediatamente para sua rede de contatos uma mensagem falando deste relacionamento. É verdade que a possibilidade do contrário pode ser ainda maior, ou seja, a insatisfação também será enviada mais rapidamente a seus destinatários. Por isso a preocupação das empresas com o que se diz nos blogs e no buxixo negativo entorno de suas marcas, pois o consumidor passou a ser o maior divulgador. Já existem empresas especializadas em levantar este tipo de informação. Os departamentos de inteligência competitiva das grandes marcas deixaram a muito tempo de analisar apenas o índice de audiência de determinado programa. Hoje é preciso levantar a informação em milhares de pontos onde o consumidor esta. O sucesso ou fracasso de um produto que levava semanas ou meses para serem levantados, hoje pode-se levantar em poucos minutos.
O mobile marketing cresce em uma velocidade muito grande. Não estou falando apenas da venda de ringtones, mas de verdadeiras estratégias de mobile commerce. Atualmente o Brasil tem mais de 83 milhões de celulares. Isso representa 3 x mais usuários que a Internet e ultrapassa em quase vinte milhões a quantidade de televisores instalados no país. Já existe até uma mobilização para regulamentar o setor e não permitir que a grande derrocada do e-mail marketing devido a utilização do Spam aconteça também no celular. As pesquisas indicam que 92% das pessoas lêem as mensagens de seus celulares, ou seja, atingem diretamente o consumidor. O topo desta pirâmide esta entre consumidores de 18 a 28 anos de idade mas isso já esta mudando e esta geração esta influenciando os mais velhos. O celular já pode receber mensagens de e-mail, programas de TV e rádio, pode se transformar em um tocador de mp3 e até substituir a função do cartão de crédito autorizando compras. Já existem máquinas de refrigerante que liberam o produto a partir da interação entre e máquina e o celular, depois esta despesa vem debitada em sua conta. Empresas de tecnologia e de produção de conteúdos já enxergam o celular como agente de interação com o consumidor. As operadoras de telefonia celular por outro lado, lutam para ocupar espaços e aumento de share para garantirem um boa fatia deste bolo que esta se formando. Isso dependerá da venda de celulares com maior capacidade de interação e da velocidade de substituição de modelos de celular do brasileiro.
Com tudo isso estratégias de marketing necessitam de mais informações a respeito de seu consumidor que não podem ser obtidas em um único relacionamento. Não da para deixar para depois aguardando decisões de modelos a serem adotados pelo cliente pois este jogo nunca mias terá fim, será uma eterna luta de conquista de espaço. O importante é experimentar um pouco de cada coisa e familiarizar-se com a diversidade de tecnologias de interação com o cliente identificando as mais eficazes para o seu produto e serviço sempre experimentando o novo. Lembre-se que relacionamento com o cliente necessita de longo prazo e isso você não consegue comprando empresas ou tecnologia, exige algo que não se pode adiantar ou atrasar, exige tempo.
*Ronaldo Hofmeister Consultor Associado da Meister Desenvolvimento Empresarial, atua nas áreas de Marketing e Vendas. Mestre em Administração pela UFSC e especialista em Marketing. Professor Universitário atuante em diversos Cursos de Pós Graduação. Consultor e instrutor do Sebrae. Produz conteúdos para Internet e educação a distância. Atuou em grandes grupos empresariais como Sodexho e ACCOR.
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