RIO - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu restringir, a partir de hoje, a venda da sibutramina, o remédio para emagrecer mais usado no Brasil. A resolução, publicada no "Diário Oficial da União" desta terça-feira, determina que o medicamento só poderá ser comprado com a apresentação de receita azul, uma receita de controle especial na qual uma cópia fica retida na farmácia e o paciente deve informar dados como identidade, endereço e CPF.
Em nota, o endocrinologista Ricardo Meirelles, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, afirmou que "a abordagem clinica da obesidade fundamenta-se em uma combinação equilibrada de um programa de modificação dietética e comportamental com exercícios físicos, associada ou não ao uso responsável de medicamentos" e que "o uso da sibutramina como coadjuvante do tratamento pode trazer uma redução do risco para pacientes que não tenham a doença cardiovascular clinicamente estabelecida, podendo preveni-la ou impedir a sua progressão".
Em janeiro, A Agência Europeia de Medicamentos proibiu a venda da sibutramina. Nos EUA, o medicamento teve sua venda restrita em dezembro de 2009 após uma avaliação da Food and Drug Administration (FDA), que observou que a droga aumenta o risco de infartos e derrames.
Segundo a agência europeia, os riscos da sibutramina superam seus benefícios. Junto com a proibição, foram divulgados dados do estudo "sibutramine cardiovascular outcomes trial (SCOUT)", que mostrou que o risco de infarto do miocárdio aumenta 16% em pessoas que tomam o medicamento. Em artigo publicado no BMJ, os pesquisadores da Agência Europeia de Medicamentos afirmam que "médicos não devem mais prescrever este medicamento, e farmacêuticos não devem tê-lo em estoque. Pacientes que tomam a sibutramina devem consultar um médico e discutir formas alternativas de perder peso".
Fonte: O Globo
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