Das 57 pessoas presentes no evento de pré-lançamento da Fevest, na última terça-feira, no Auditório do SENAI, 28 eram confeccionistas. Eles aderiram à realização da Fevest 2010 através da assinatura de um Termo de Compromisso individual e se comprometeram também a arregaçar as mangas para atrair um número de empresários que garanta a realização do evento de maior visibilidade da região.
A Fevest leva o nome de Nova Friburgo muito além de suas fronteiras. Graças à moda íntima, a cidade tornou-se muito mais conhecida e não apenas pelo pessoal do setor. Depois das dificuldades encontradas e superadas no ano passado, que resultou numa feira ao mesmo tempo menor e bem sucedida, a realização da Fevest neste ano encontra novos obstáculos. Os representantes do setor e responsáveis pela feira foram claros: ou se consegue a adesão de 75 confeccionistas – número que garante a sustentabilidade da feira – ou a Fevest corre o sério risco de não acontecer.
O impacto desta decisão pode afetar diretamente a economia e os empregos gerados pela cadeia produtiva do setor na região. “Se nós não tivéssemos a Fevest, quantos teriam a oportunidade de ter um negócio próprio? Se não tivermos a Fevest, quem vai sair de São Paulo, de Fortaleza, de Manaus para vir a Friburgo? Quanto mais tivermos a ofertar, maior será o interesse dos clientes de vir a Nova Friburgo”, afirmou o presidente da Firjan Regional, Carlos José Ieker, também empresário do setor.
“O sindicato está aberto a discutir qual o caminho a seguir, que Fevest querem os confeccionistas. Temos pouco mais de 20 empresas comprometidas, precisamos de 75. É uma feira cara na sua montagem, não temos um local apropriado. Estamos ameaçados. Se continuarmos nessa inércia, corremos o risco de perder o lugar de principal Pólo de Moda Íntima do país”, disse Carlos Eduardo Lima, presidente do Sindvest, que deixa o cargo em primeiro de maio. “Torço para que possamos reverter essa situação”, disse ele. “Como friburguenses, nós amamos essa terra. Quantos de nós começou aqui com 3 maquininhas? Temos um ramo de negócios aqui e foi essa cidade que nos deu oportunidade. Hoje temos uma indústria que gera quase 20 mil empregos”, lembrou Eduardo.
Representando o governo municipal, Bráulio Rezende defendeu a realização da feira e disse que a prefeitura está empenhada na realização do evento. “Se hoje somos um pólo reconhecido, é porque a Fevest ajudou muito. Se não fizermos a feira esse ano, no ano que vem será muito mais difícil. Temos que buscar os [empresários] que não vieram aqui”, disse ele, afirmando que o Country Clube já se comprometeu a rever os custos de locação do espaço.
Nelci Layola, presidente do Conselho da Moda, lembrou que “os fornecedores querem patrocinar a Fevest, mas para isso, os clientes, que são as empresas do setor, têm que estar presentes na feira”. O presidente da Firjan Regional falou no mesmo tom: “Se mostrarmos que temos adesão, vamos ter patrocinadores. Em qualquer feira que visitamos, há empresas que ocupam um quarteirão e outras que apresentam seu produto em um estande de 3m x 3m. Os grandes um dia foram pequenos e uma feira como a Fevest é o melhor caminho para apresentar os produtos”, finalizou.
Banco do Brasil, Firjan, Sebrae, apoiadores, fornecedores da cadeia produtiva, colaboradores e a imprensa de forma geral compareceram ao chamado do Sindvest e dos parceiros da Fevest. Além da cadeia produtiva do setor, hotéis, restaurantes, diversos estabelecimentos e profissionais das mais diferentes categorias se beneficiam da realização da feira. Agora é esperar para ver se haverá união para fazer a força.
Márcia Savino - Assessoria de Comunicação Firjan - Regional Friburgo
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