quarta-feira, 5 de maio de 2010

Prêmio reconhece empresas que apoiam o empreendedorismo feminino

Ações que incentivam as mulheres a gerarem renda têm maior impacto na economia do país, gerando bem-estar para suas famílias e comunidades

Por Adriana Fonseca

As mulheres são o principal e o mais rápido caminho para o desenvolvimento de um país. Com essa premissa, o ELAS Fundo de Investimento Social promove o protagonismo e os direitos humanos das mulheres captando e investindo recursos em suas iniciativas. E para valorizar empresas, instituições, fundações e pessoas físicas que apoiam jovens meninas e mulheres, o ELAS abriu as inscrições para o prêmio Doar para Transformar edição 2010.

Doze jurados vão selecionar os três melhores candidatos em cada categoria – pessoa jurídica, instituto ou fundação, pessoa física e melhor reportagem. Depois, o perfil desses candidatos segue para votação popular na internet.

As inscrições podem ser feitas até o dia 10 de maio no site www.fundosocialelas.org/doarparatransformar, mesmo por aqueles que não estão ligados ao ELAS. Os vencedores serão anunciados no dia 22 de junho no Rio de Janeiro e receberão um troféu que destaca a importância desse tipo de investimento.

Apoio às mulheres

O ELAS foca suas ações nas mulheres porque sabe que o investimento feito nelas é aplicado, gerando mais renda e bem-estar ao seu redor. “Na grande maioria das vezes, as mulheres conseguem aumentar e multiplicar esse investimento, influenciando no desenvolvimento de seus filhos, família e comunidade mais próxima”, afirma Madalena Guilhon, coordenadora geral do ELAS.

O Fundo tem quase 10 anos de existência e apoia 42 projetos de geração de renda no Brasil. No total, já foram apoiados 200 projetos. Nessas ações, o ELAS dá o recurso financeiro às mulheres, as capacita para que tenham conhecimentos para usá-lo da melhor maneira e consigam seguir adiante sozinhas. “Continuamos dando apoio técnico durante o período que elas mesmas colocaram na proposta que foi aprovada por nosso conselho deliberativo. Após esse período, cabe a elas dar continuidade ao empreendimento”, diz Madalena. A ajuda financeira pode ir de R$ 5 mil a R$ 15 mil, dependendo da capacidade do fundo. “Quanto mais empresas, instituições e pessoas físicas doarem para o ELAS, mais mulheres empreendedoras poderemos apoiar.”

Uma das empresas que apoia o empreendedorismo feminino em parceria com o ELAS é a multinacional de petróleo e gás Chevron. Desde o ano 2000, a empresa apoia projetos sociais com foco na alfabetização de adultos, incentivo à leitura e educação. A partir de 2010, passou a focar em projetos sociais que incentivam a geração de oportunidades econômicas para meninas e mulheres no Rio de Janeiro e Espírito Santo. Segundo Lia Blower, gerente de comunicação e relações institucionais da Chevron, neste ano a subsidiária brasileira da empresa vai investir US$ 1 bilhão em projetos sociais no país, beneficiando 1.400 pessoas. “O empreendedorismo feminino foi escolhido como novo foco de atuação da Chevron no Brasil pelo impacto que pode trazer às comunidades”, afirma Lia, que complementa. “Estudos do Banco Mundial confirmam que o investimento na educação das mulheres e na geração de empregos para o público feminino tem um maior efeito multiplicador sobre a economia, pois as mulheres são mais propensas a compartilhar seus ganhos econômicos com suas famílias e comunidades em geral. Além disso, quase 30% das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres.”

No projeto “Elas em Movimento”, feito pela Chevron em parceria com o Fundo ELAS no Rio de Janeiro, mulheres de 18 a 25 anos terão acesso a cem horas de capacitação, incluindo direitos humanos das mulheres, resolução de conflitos, empreendedorismo, análise de negócios, administração, comunicação e marketing. “O objetivo do programa é que essas mulheres possam, juntas, criar e colocar em prática novos empreendimentos econômicos a partir das demandas de suas localidades”, diz Lia. “Para isso, elas serão incentivadas a decidir que tipo de negócios a comunidade precisa, recebendo uma doação de R$ 50 mil, por comunidade, para colocar em prática o plano de negócios, após o fim da capacitação, com apoio de uma consultora de negócios.”
 
Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios

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