quarta-feira, 2 de junho de 2010

Marfrig vende para os EUA via Uruguai

A Marfrig Alimentos anunciou ontem que vai atender a demanda dos Estados Unidos por carne bovina processada utilizando suas plantas no Uruguai e na Argentina. É uma reação da empresa à suspensão das exportações de carne brasileira para o mercado americano.

Na quinta-feira, o Ministério da Agricultura suspendeu os embarques de carne bovina processada para os EUA, depois que as autoridades sanitárias americanas solicitaram ao frigorífico JBS Friboi um recall de 40 toneladas. Foi identificado no produto um nível superior ao permitido do vermífugo Ivermectina.

Segundo o Marfrig, as unidades de Colonia, Fray Bentos e Tacuarembó, no Uruguai, e Martinez e Mirab, na Argentina, estão habilitadas a exportar para os EUA e possuem capacidade de produção suficiente. Em contrapartida, deixam de atender ao mercado americano as unidades de Promissão (SP), Paranatinga (MT) e Capão do Leão (RS). Segundo a empresa, não estão previstas demissões no Brasil por causa do problema.

As exportações de carne processada para os EUA representaram apenas 0,7% das vendas externas do Marfrig a partir do Brasil, e menos de 0,1% da receita total do grupo.

O JBS não deu entrevistas sobre o assunto. Em comunicado divulgado na sexta-feira, a empresa informou que os prejuízos serão pequenos, porque as exportações do Brasil para os EUA respondem por 0,5% da receita.

Até o fechamento dessa edição, o frigorífico Minerva não respondeu aos pedidos de entrevista. JBS, Marfrig e Minerva são os principais exportadores de carne processada para os EUA. Os americanos não compram carne in natura do Brasil.

Washington. Nos dias 7 e 8 de junho, uma missão do governo brasileiro estará em Washington para negociar com os americanos a suspensão do embargo. Os técnicos querem entender as mudanças feitas pelos EUA em seus critérios de detecção da Ivermectina e garantir que os mesmos padrões também estão sendo utilizados internamente. Há temores no governo e no setor privado de que as restrições americanas sejam uma retaliação ao Brasil.

Fonte: Estadão.com.br

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