quinta-feira, 3 de junho de 2010

Meirelles: o time está ganhando de 4 x 0

Em palestra no EXAME Fórum, em São Paulo, presidente do Banco Central destacou que a economia brasileira já supera o período pré-crise em vários indicadores

Luís Artur Nogueira, de EXAME.com

São Paulo - O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira (31) que a economia brasileira está ganhando a partida de 4 x 0. "Se jogássemos a defesa para frente, poderíamos vencer de 7 x 0, mas também poderíamos perder", disse Meirelles, que fez a palestra de abertura do EXAME Fórum, em São Paulo, que debate o tema "Brasil - A Construção da 5ª Maior Economia do Mundo".

Meirelles mostrou vários indicadores econômicos que constatam a rápida recuperação do Brasil após a crise internacional. Entre eles, a taxa de desemprego do IBGE, com ajuste sazonal, que ficou em 7,1% em março, índice inferior ao registrado no período que antecedeu as turbulências. O Banco Central prevê que o volume total de investimentos estrangeiros diretos chegue a US$ 45 bilhões neste ano, o mesmo patamar atingido em 2008. No ano passado, o montante foi menor, de US$ 26 bilhões.

O presidente do Banco Central ressaltou a importância do sistema de metas de inflação para a credibilidade da economia brasileira. "A ancoragem das expectativas é fundamental para o funcionamento do sistema de metas", disse. Meirelles enalteceu a atuação "anticíclica" do governo durante a crise com medidas monetárias e fiscais. "O governo não colocou um centavo em banco, ao contrário de outros países", ressaltou.

Meirelles previu uma queda consistente da relação dívida pública líquida/PIB nos próximos anos, passando de 42,9% em 2009 para 35,4% em 2014. "Isso acontecerá se as metas fiscais foram cumpridas", ressaltou. "A redução do risco fiscal proporciona um menor prêmio de risco, o que permite juros menores", explicou.

Durante a palestra, o presidente do Banco Central divulgou previsões otimistas para a economia brasileira até 2014, com mais 36 milhões de pessoas entrando na classe média, e mais 14,5 milhões de brasileiros deixando a linha de pobreza.

Fonte: Portal Exame

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