segunda-feira, 21 de junho de 2010

Prepare-se para a Copa!

Maiara Tortorette

Já é possível sentir o clima da Copa do Mundo, nas ruas, nos programas de televisão, e em todos os lugares por onde passamos. O momento é de festa e comemoração, mas o mercado de trabalho não pode parar. Com a proximidade dos jogos, as empresas buscam formas de negociar com os colaboradores algumas opções para que possam acompanhar as partidas da seleção mantendo-se a produtividade.

Para torcer tudo é válido, fazer hora-extra, apostar no banco de horas, e até mesmo colocar um telão para que ninguém perca as partidas, o que não se pode é esquecer o bom senso. Mesmo neste período, o trabalho deve ser levado a sério e as responsabilidades cumpridas à risca, à parte das comemorações.

Para Guilherme Falchi, sócio e Diretor Comercial da Hera Brasil, as empresas devem se empenhar para manter todos no espírito da Copa, mesmo os que não puderem sair ou assistir os jogos. “Eu acho que independente da possibilidade de assistir ou não as partidas, as organizações estão muito preocupadas em não tirar esse sentimento de copa do mundo dos colaboradores, aquela coisa que a nação está junto por um objetivo, essa sinergia maior que é gerada nessa época. Então, o grande desafio e foco é independente do que, fazer algo, dar um passo”.

Antes mesmo da seleção entrar em campo as organizações já preparam o ambiente de trabalho com enfeites, competições e até mesmo o famoso “bolão”. No entanto, antes de levar cornetas e bandeiras ao ambiente de trabalho é importante se informar sobre a política da empresa, e analisar se esta atitude não será vista de forma negativa.

Como em toda situação dentro do mundo corporativo, manter a postura garante que o profissional não ultrapasse limites e acabe se prejudicando. Elisabeth Farina Guirão, professora do curso de etiqueta online da Catho Executiva, dá algumas dicas de como se comportar nos dias de jogo:

- Ao assistir esse tipo de competição é comum as pessoas extrapolarem com o falar alto, gritos e xingamentos, porém junto com os colegas de empresa não é o melhor momento de expressar esse tipo de intimidade, mas sim de mostrar gentileza e principalmente bom senso nas atitudes e comportamentos.

- Procure ser tolerante e manter o equilíbrio emocional. Não faça comentários que desmereçam as opiniões de colegas, evitando assim, um desgaste profissional desnecessário.

- Embora o mais comum para um torcedor seja a camiseta da seleção, não havendo permissão da direção da empresa para tal, não se deve vestir a caráter ou com roupas que normalmente não se usaria para ir trabalhar. Na mesma linha de recomendações, evite levar apitos, cornetas, e outros adereços similares que possam implicar em desrespeito às orientações internas.

- É extremamente desagradável levar parentes e amigos para assistir aos jogos na empresa. Como em uma festa de final de ano, apenas pessoas da organização devem participar.

- Naqueles dias em que o expediente ainda continua depois do jogo, seja pontual e retorne na hora programada. Reconheça que a pausa terminou, concentre-se no seu trabalho e resista a fazer ou participar de comentários sobre as jogadas.

E os que não podem assistir?

Apesar de toda a expectativa e ansiedade para a Copa, muitos profissionais terão que permanecer trabalhando no momento dos jogos. Sendo assim, cabe à própria empresa, através dos gestores, preparar previamente os funcionários para a situação. Uma excelente alternativa é promover escalas para que a mesma pessoa não tenha que trabalhar em todos os dias que a seleção jogar.

Para o Coach Empresarial, Jamil Albuquerque, a escala é realmente a melhor opção. “Fazer um rodízio de forma que o profissional possa assistir pelo menos parte dos jogos já aumenta a motivação”, defende. “Mesmo porque, até aquelas pessoas que não gostam de futebol, quando chega a Copa do Mundo acabam dando uma atenção especial aos jogos da seleção. E a empresa que entende isso e atende essa necessidade do ser humano, consegue melhorias na produtividade e nos resultados”.

Prevenir evita aborrecimentos!

Toda liberdade precisa de uma dosagem para que nada fuja do controle e acabe em problema. Sendo assim, uma empresa que investe na comunicação junto aos seus colaboradores e que passa as informações de maneira transparente, com certeza enfrenta tranquilamente qualquer período de comemoração, assim como a Copa.

Alessandro Saade, professor do INPG – Instituto Nacional de Pós-Graduação, acredita que a questão de horários e escalas deva ser comunicada formal e incondicionalmente a todos da organização, para evitar dúvidas ou mal entendidos, ainda que outras regras, como a questão de vestimenta, por exemplo, possam ser tratadas mais livremente e apenas pelo gestor de cada área, sem a necessidade de algo que pareça uma imposição. “Acho interessante começar de uma maneira formal, falando sobre dados importantes como a definição de horários e locais para assistir o jogo, e, informalmente, contaminar as pessoas sobre o que se espera quanto ao comportamento”.

Todo o clima de alegria e garra que a Copa proporciona, acaba contribuindo diretamente na organização. Neste período, saem ganhando as empresas que dão apoio aos seus funcionários e criam um ambiente de trabalho agradável. “Copa do Mundo é sinônimo de competitividade e união; é toda nação olhando o mesmo objetivo”, comenta Guilherme. “E quanto mais a empresa se parecer com um time de futebol de copa do mundo, ou com uma nação torcendo por um determinado objetivo, mais produtiva vai ser, porque criará sinergia entre os colaboradores. As nações devem aproveitar esse momento para incentivar seus profissionais, pois é um gancho perfeito”, conclui Guilherme.

Fonte: Jornal Carreira e Sucesso

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente livremente, mas sem abusar do critério da livre escolha de palavras. Assuntos pessoais poderão ser excluídos. Mantenha-se analítico e detenha-se ao aspecto profissional do assunto em pauta.