Cariocas terão Circuito de Feiras Orgânicas
Por Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
É tudo o que o carioca precisa e quer. Alimentos saudáveis, produzidos sem agrotóxicos ou adubos químicos, de acordo com as normas de preservação ambiental, vendidos pelo próprio produtor, sem qualquer tipo de intermediação, a preços justos. Frutas, verduras, legumes, queijos, pães, bolos e mel cultivados pelos associados da Abio - a Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro - já podem ser encontrados na rede de feiras realizada em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico Solidário da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro - Sedes.
O Circuito Carioca de Feiras Orgânicas começa no sábado, dia 29 de maio, pelo Bairro Peixoto, que, a partir de então, receberá a feira semanalmente, sempre aos sábados, das 8h às 14h. Na terça-feira 8 de junho é a vez da Feira de Ipanema, que vai funcionar dentro da Praça Nossa Senhora da Paz, no lado voltado para a Rua Barão da Torre, todas as terças, das 8h às 14h. Na seqüência, em datas ainda a definir, serão inauguradas as feiras do Jardim Botânico, na Praça Pio XI, do Leblon, na Praça Cláudio Coutinho, perto da Cobal, e da Gávea, sem local escolhido. Repaginada, a feira que há 15 anos acontece na Glória vai acompanhar o novo padrão de funcionalidade, conforto e identidade visual do Circuito, com novas barracas, novos uniformes para os feirantes, placas de sinalização e a instalação de banheiros químicos - um antigo pleito dos produtores.
— O Circuito Carioca de Feiras Orgânicas nasce do diálogo da Prefeitura com a sociedade. O calendário de inaugurações vem sendo construído por nós e a ABIO com cada uma das associações de moradores dos bairros, e com o apoio da Subprefeitura da Zona Sul e das RAs. É fruto de uma política pública destinada a atender o direito humano à alimentação adequada e a fomentar a produção – comenta o secretário Marcelo Henrique da Costa, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Solidário do Rio.
Cristina Ribeiro, coordenadora da ABIO, assina embaixo:
— O Circuito é um salto de qualidade na produção. Ainda hoje, nosso maior gargalo é o escoamento, a comercialização. Tanto que temos produtores de orgânicos vendendo seus produtos em mercados convencionais, uma competição inviável, desleal.
Com 200 associados, a Abio articula 11 núcleos no Estado do Rio de Janeiro: Cachoeiras de Macacu, Itaboraí, Nova Friburgo, Paty do Alferes, Petrópolis, Teresópolis, Região Noroeste (Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, Miracema e Itaperuna), São José do Vale do Rio Preto, Seropédica, Valença e Rio da Prata, no bairro de Campo Grande, na Zona Oeste da capital, região que a Prefeitura do Rio, através da Sedes, quer consolidar como forte produtora de orgânicos.
O Circuito Carioca de Feiras Orgânicas prevê a criação de muitas feiras, todas intencionalmente pequenas, com até 35 barracas, nos bairros da cidade, ao alcance do consumidor, a pé ou de bicicleta. Todos os feirantes são produtores, o ambiente é limpo, não há espaço para ambulantes, não se vende peixes nem carnes in natura, e os preços são, em média, bem mais baixos que os dos orgânicos vendidos nos supermercados.
Por essas características, as feiras de orgânicos aproximam as culturas urbana e rural, não ocupam grandes espaços, não produzem cheiro desagradável, difundem costumes e práticas saudáveis de alimentação e são um exemplo de gestão de resíduos, uma vez que o sistema baseia-se na autogestão e na harmonia com o meio ambiente, permitindo comercializar mais alimentos com menos lixo.
Apoiado pelo Sebrae, a Fundação Banco do Brasil e a San Chef, grife carioca de uniformes, que assina os aventais fabricados em sarja de algodão com 5% de PET em sua composição, o Circuito Carioca de Feiras Orgânicas teve projeto de identidade visual desenvolvido pela Tabaruba Design, autora da marca com o símbolo da joaninha, animal que atua na natureza como forte defensivo agrícola. Natural, evidentemente.
Por que Orgânicos?
A agricultura orgânica é uma atividade regulamentada por lei em todo o território nacional. Trata-se de um sistema de manejo que privilegia a ecologia, a biodiversidade e a qualidade da vida humana. Não usa produtos sintéticos e emprega três vezes mais mão-de-obra que a agricultura convencional. Promove segurança alimentar e nutricional, desenvolvimento sustentável, fortalecimento da agricultura familiar e redução do êxodo rural.
Fonte: EcoAgências
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