por Angela Pimenta
São fortes os indícios de que o vazamento do processo tributário que a Receita Federal move contra a Bovespa – e também de uma série de processos contra a Natura — teria partido da Delegacia de Grandes Contribuintes, na oitava região da Receita, em São Paulo.
Seriam dois os propósitos dos servidores da Receita envolvidos no vazamento do caso Bovespa — que é um crime tributário, conforme o blog publicou ontem — e também da Natura.
A primeira razão é de ordem corporativa, pois o autor do vazamento estaria interessado em perturbar a atual administração da Receita, comandada pelo secretário Otacílio Cartaxo.
Cartaxo foi nomeado para o cargo no ano passado em substituição à ex-secretária Lina Vieira, demitida pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Tudo indica que o autor do vazamento seja ligado a Lina.
Agora, a batata quente de apurar o responsável pela divulgação dos dados — uma violação do sigilo fiscal da Bovespa – está na mão de Cartaxo.
Já a segunda razão é de caráter político. Ao atingir a Natura, o segundo vazamento deixaria em situação constrangedora a candidatura de Marina Silva, do PV.
O candidato a vice-presidente na chapa de Marina — cuja bandeira política prega a defesa do meio ambiente e da ética – é ninguém menos do que Guilherme Leal, o controlador da empresa.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, “a Natura briga com estados e União para evitar o pagamento de R$ 1,2 bilhão em impostos, multas e honorários. O valor supera o patrimônio líquido do grupo, que é de R$ 1,1 bilhão.”
Fonte: Portal Exame
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