domingo, 4 de julho de 2010

Depressão: problema de saúde ou social?

( São Paulo, São Paulo, Brasil - Comunique-se - ) A cada dia, os consultórios médicos recebem pacientes com sintomas de depressão. Uma patologia que cresce assustadoramente entre os jovens adultos na faixa etária entre 20 e 45 anos. Já é considerada a terceira causa de morte no mundo entre a população adulta e a segunda entre adolescentes e jovens. “Infelizmente, o suicídio entre esses pacientes já é um dos problemas médicos-sociais mais relevantes”, diz o médico psiquiatra e coordenador da equipe de psiquiatria do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Vladimir Bernik.

Os sintomas são vários e para um diagnóstico preciso e necessário convergência entre eles. Para auxiliar no entendimento da patologia, o médico disponibiliza em seu site (www.vladimirbernik.med.br) um teste de autoavaliação muito simples. Mas alerta: “é importante ficar atento, porque muitas são as alterações de comportamento nas pessoas acometidas pela depressão e só um médico especializado pode diagnosticar com precisão a patologia. Mas a pessoa entristece, não come, não dorme, perde o ânimo e a vontade de viver e ai começa a pensar em suicídio.”

No entanto, ainda faltam informações sobre a depressão o que leva a um diagnóstico errado ou mesmo ao não diagnóstico. Isso porque, segundo Bernik, há uma barreira cultura e uma tratativa estigmatizada da depressão, o que pode levar a um diagnóstico e tratamento tardio. “Muitos pacientes deprimidos são vistos pela família e colegas como preguiçosos, caráter fraco ou falta de vontade.”

Tratamento – O processo de tratamento inclui medicamentos e terapia. O mercado farmacêutico disponibiliza muitos antidepressivos, mas para aplicá-los, segundo Bernik, é preciso conhece sua eficiência e sempre associada à dose segura. “É importante esclarecer que o medicamento só começa a surtir efeito após 10 ou 15 dias, por isso, é preciso ter calma e não tentar mudar o medicamento. Também precisamos lembrar que, para um bom resultado, é importantíssimo o relacionamento interpessoal e a comunicação entre médico, paciente e familiares sobre os efeitos colaterais da medicação”, explica.

Custo Social – A depressão já é considerada a doença maior custo social para os sistemas de saúde. Isso porque pode levar ao afastamento, que, em alguns casos, chega a um ano ou até mesmo a aposentadoria precoce. “A depressão é a primeira causa de aposentadorias em psiquiatria e a segunda causa na estatística geral da Previdência, perdendo apenas para as lombalgias crônicas”, esclarece o Dr. Vladimir Bernik.

Fonte: Comunique-se

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