sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Cadeia Produtiva: Industria e produtores discordam sobre falta de bois no MT.

Dados do Imea confirmam a falta de animais para abate.

Com a queda de 1,3 pontos percentual na taxa de utilização dos frigoríficos mato-grossenses, de maio para junho, o índice da atividade, segundo informações do Imea-MT, ficou em 40,8%. Somado à escassez de animais prontos para o abate, o reflexo nos preços da carne bovina no varejo é inevitável. "O que houve nos últimos anos foi um aumento indiscriminado no abate de fêmeas e um excedente de indústrias frigoríficas no Estado", explica Luiz Freitas, presidente do Sindifrigo, Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso. Freitas é também proprietário das plantas do Frigorífico Pantanal, que suspenderam o abate por tempo indeterminado.

Porém, Luciano Vacari, superintendente da Acrimat, Associação de Criadores de Mato Grosso , discorda. "Mato Grosso tinha um rebanho de 25 milhões de cabeças em 2007 e passou para 27 milhões este ano". Para ele, o setor industrial apresenta pretextos para pressionar o pecuarista a negociar o rebanho a preços reduzidos. Além disso, ele sustenta que há regiões onde se observa uma concentração de plantas frigoríficas e outras onde não há unidades.

De acordo com a Scot Consultoria, os preços da arroba na região variam entre R$ 74,00 e R$ 79,00, e , de fato a seca e a entressafra, provocam a queda na oferta do gado, entretanto, o preço na carne no atacado sofreu reajuste, mas ainda há margens para negociação no varejo, o que significa, que os poucos pecuaristas que ainda têm animal pronto para o abate, podem se beneficiar desta situação.

Fonte: DBO

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