quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Desemprego no Brasil tem menor julho desde 2002

A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país caiu para 6,9 por cento

Rodrigo Viga Gaier

Rio de Janeiro - O desemprego brasileiro registrou em julho a segunda menor leitura da história e a menor taxa para esse mês desde o início da série dos dados, em 2002.

A taxa deve registrar recorde de baixa mensais até o fim do ano, na avaliação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país caiu para 6,9 por cento, contra 7 por cento em junho e 8 por cento em julho de 2009, informou o IBGE nesta quinta-feira. Na média do ano, a taxa de desemprego está em 7,3 por cento , abaixo dos 8,5 por cento verificados no mesmo período de 2009.

Economistas consultados pela Reuters projetavam para julho uma taxa de 7,1 por cento, de acordo com a mediana de 11 respostas que variaram de 7,0 a 7,3 por cento.

O resultado de julho desse ano só é superado pela taxa de 6,8 por cento observada nos meses de dezembro de 2008 e 2009.

"Já atingir a segunda taxa mais baixa é um fato quase inédito. A tendência é que a taxa venha caindo no segundo semestre. Quanto mais perto de dezembro, mais baixa vai ser", disse a jornalistas o economista do IBGE Cimar Pereira Azeredo.

A população ocupada somou 22,020 milhões de pessoas em julho, alta de 0,6 por cento sobre junho e avanço de 3,2 por cento contra igual mês do ano passado, atingindo o maior patamar da série.

O número de desocupados totalizou 1,644 milhão, queda de 0,2 por cento na comparação mensal e recuo de 11,3 por cento na anual, o menor nível desde o início da coleta em 2002.

Entre junho e julho o emprego com carteira cresceu de forma expressiva e a indústria voltou a contratar em bom número. A indústria de São Paulo foi o destaque com um aumento no contingente de empregados industriais de 4,1 por cento, melhor desempenho desde agosto de 2008. Na comparação com julho do ano passado, a expansão foi de 7,4 por cento.

"A indústria foi muito penalizada pela crise e perdeu funcionários de chão de fábrica. O resultado mostra o vigor do setor", disse Azeredo.

O IBGE acrescentou que o rendimento médio do trabalhador brasileiro foi de 1.452,50 reais em julho, alta mensal de 2,2 por cento e elevação anual de 5,1 por cento.

"O ganho do rendimento vem da melhora no mercado de trabalho, aumento da carteira assinada, aumento de vagas na indústria e oportunidades mais qualificadas", disse Azeredo.

Na média do ano, o rendimento médio do trabalhador tem um crescimento de 2,1 por cento frente ao mesmo período de 2009.

Fonte: Portal Exame

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