O frigorífico Frialto divulgou na sexta-feira (30), no site da empresa, o Plano de Recuperação Judicial, protocolado no dia 24 de maio, na Comarca de Sinop, onde está localizada sua sede. No entanto, o plano não satisfaz a expectativa dos pecuaristas, alega o coordenador de Pecuária da Famato, Carlos Augusto Zanata.
Segundo Zanata, por meio de assessoria de imprensa, a dívida estimada do Frialto com pecuaristas é de aproximadamente R$ 97 milhões, sendo cerca de R$ 35 milhões em Mato Grosso. Para ele a proposta do grupo não é muito vantajosa, devido os moldes do plano. “O produtor que tiver um crédito de um real a mais que os vinte e cinco mil, deixa de receber em cinco dias para receber em dois anos”, expôs
Para o grupo continuar operando, dois cenários de pagamentos são propostos: um sem novos financiamentos e outro com novos empréstimos, que chegam a R$ 50 milhões.
No primeiro caso, cada credor que tenha crédito de até R$ 25 mil receberá integralmente após cinco dias da homologação do plano. Aos fornecedores que têm acima do valor citado o prazo passa para 35 dias para recebimento de 10% do saldo, 50% em 11 parcelas e o remanescente em mais 12 parcelas. Exemplo, um crédito de R$ 100 mil será pago da seguinte forma: R$ 10 mil com 35 dias após homologação, R$ 45 mil divididos em 11 parcelas mensais e os outro R$ 45 mil em mais 12 parcelas mensais, quitando o débito em 24 meses, sem correção, explicou Zanata.
Já na segunda proposta o que diferencia é que para os credores acima de R$ 25 mil, após os 10% pagos, os 50% do saldo devedor serão quitados de uma única vez, e o restante dividido em 11 parcelas.
Outros pontos do plano destacados pelo coordenador deixam questionamentos jurídicos, que serão analisados com mais profundidade com o objetivo de garantir a melhor forma de recebimento por parte dos pecuaristas credores.
As duas unidades que estão em funcionamento do Grupo Frialto são: Sinop e Matupá. Juntas somam 1,2 mil animais abatidos por dia. Segundo a empresa estas duas unidades foram escolhidas para continuarem em atividade por possuirem estruturas e relacionamento comercial para exportação, fato esse que agrega valor aos produtos comercializados neste momento.
Fonte: Agronotícias
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