quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Medicina Veterinária: área com diversas opções de atuação

Caio Lauer

No dia 9 de Setembro comemorou-se o dia do médico veterinário. Em 1933, na mesma data, o então presidente Getúlio Vargas criou uma normatização para a atuação e para o ensino dessa profissão. O ofício foi regulamentado oficialmente em 23 de outubro de 1968, pela Lei nº 5517.

Tradicionalmente, as pessoas acham que veterinário é aquele que toma conta dos cães e gatos domésticos, e dos cavalos das fazendas. Mas, o grande leque de opções do veterinário dá a oportunidade de ter atuação em vários campos de conhecimento:

Saúde pública veterinária - o profissional faz o controle e combate de animais como ratos e baratas. Controla também o vírus da raiva por meio do centro de zoonoses, faz inspeção de leite, carne, ovos e mel – evitando que produtos e subprodutos de origem animal possam ser contaminados por vírus, bactérias e microorganismos que têm a possibilidade de transmitir doenças e intoxicações alimentares.

Magistério - tanto em cursos de nível superior da própria veterinária, quanto em outras áreas da ciência da saúde. Também leciona em nível técnico, como no setor agrícola.

Defesa e vigilância sanitária animal - faz o controle de aves, suínos, bovinos e eqüídeos, por meio de barreiras internacionais em navios, portos e aeroportos, evitando a entrada de doenças desconhecidas em território brasileiro.

Clínicas e hospitais - aplica vacinações, executa cirurgias, medica e se dedica ao bem-estar animal. Dedica-se também a instruir proprietários a como tratar, transportar e alojar os animais, e isto é importante, principalmente em larga escala, em animais de grande porte.

Laboratórios - trabalha no diagnóstico de doenças por meio de fezes, urina, soro e por imagem (raio-x e ultra-som).

Veterinária esportiva - se dedica à corrida de cavalos, cuidando dos animais, identificando fraturas e as tratando.

Assistência técnica rural - mostra ao pequeno, médio e grande produtor quais são as técnicas que existem para melhorar a produção, estruturando o negócio sempre para o nível profissional.

Consultoria - apoio a áreas que possuem muitas chácaras utilizadas só para lazer, indicando que tipo de criação deve desenvolver para que o proprietário tenha um impacto positivo no negócio como um todo.

Indústria - responsável pela análise técnica de medicamentos e rações.

Comercialização - além de vender, mostra como e em qual situação utilizar algum tipo de produto ou alimentação.

Talvez pelo grande número de opções, muitos segmentos não possuem, atualmente, mão de obra qualificada. O formando recebe uma boa carga de informação na universidade, mas precisa sempre agregar valor e conhecimento no dia a dia porque a Medicina Veterinária é dinâmica. “De maneira geral, há um número excessivo de faculdades – cerca de 165 – que não estão distribuídas equilibradamente de forma geográfica. A maior concentração está na região sul e sudeste do país, sendo que há uma grande expansão da área agrícola, por exemplo, no norte do Brasil”, relata Dr. Benedito Fortes de Arruda, Presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). De acordo com ele, hoje, só o estado de São Paulo possui cerca de 45 escolas de veterinária e isso dá quase o dobro de escolas existentes em todo o Estados Unidos, por exemplo.

Importância do Conselho

É preciso estar formado e ser inscrito no Conselho Federal de Medicina Veterinária para exercer essa atividade. Ele é um órgão público e sua função é defender a classe de Medicina Veterinária e a sociedade de maus profissionais.

“Não podemos permitir que na área existam profissionais com pouco ou nenhum conhecimento e acabem matando e tratando de forma incorreta os animais”, finaliza o Presidente do CFMV.

Fonte: Jornal Carreira & Sucesso

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