quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Operação da PF prende servidores públicos por fraudes em importação no Rio

RIO - Agentes da Polícia Federal prenderam as oito pessoas suspeitas de envolvimento em um consórcio criminoso que agia nos Portos do estado do Rio, na Operação Poseidon, que começou às 6h desta quarta-feira. Três auditores fiscais da Receita Federal, dois despachantes aduaneiros, um guarda portuário e dois empresários foram detidos. Além disso, os agentes da PF cumpriram 24 mandados de busca e apreensão.

Segundo a polícia, os investigados são acusados de terem dado um prejuízo de dezenas de milhões de reais aos cofres públicos em sonegação de impostos. Os agentes também encontraram indícios de participação da máfia chinesa no grande esquema de pagamento de propina para a entrada de contrabando pelos portos do Rio com destino ao comércio ilegal em São Paulo. Os investigados seriam responsáveis pelo contrabando de centenas de toneladas de mercadorias falsificadas que abasteceriam o comércio verejista da capital paulista.

Segundo explicaram policiais federais, um grupo liderado por um policial federal licenciado fazia a escolta dos caminhões com mercadorias contrabandeadas até São Paulo.

A investigação foi realizada pela Superintendência Regional de Policia Federal no estado do Rio de Janeiro e conduzida pela Delegacia de Combate a Crimes Fazendários (Delefaz) e pela Delegacia Especial de Polícia Marítima (Depom) com o apoio da Receita Federal.

Em quase um ano de trabalho para identificar e prender os responsáveis pela quadrilha, os policiais federais do Rio fotografaram e filmaram o transporte de mercadorias por caminhões até seu destino. Também apreenderam R$ 170 mil em dinheiro de propina que supostamente seria entregue a um auditor fiscal do Rio.

A operação contou com a participação de cerca de 200 policiais e foi acompanhada pelo setor de Inteligência e da Corregedoria da Receita Federal.

Em outubro de 2009, três funcionários da Receita Federal, um empresário, dois receptadores e um motorista também foram presos pela PF acusados de participação em uma quadrilha que desviava mercadorias contrabandeadas apreendidas no Porto pela Receita. Em um galpão no Caju, foram encontrados cerca de R$ 20 milhões em mercadorias que seriam distribuídas para camelôs e lojas legais com notas fiscais frias.

Dois meses antes, fiscais da Receita Federal já haviam anunciado a apreensão, no Porto, de dois contêineres com mais de 25 toneladas de produtos contrabandeados da China. Também avaliado em mais de R$20 milhões, o material era o que os fiscais definiram como falsificação de primeira linha, quase perfeita.

Fonte: O Globo

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