Creches de Caraguatatuba servem carne de avestruz na merenda

Uma agradável e nutritiva surpresa está fazendo parte de alimentação de três mil alunos das creches municipais de Caraguatatuba, no litoral norte paulista, a 178 quilômetros de São Paulo. Desde agosto elas recebem na merenda escolar, três vezes por semana, uma porção de 30 gramas de carne de avestruz, moída ou em forma de iscas. "Elas estão adorando e a receptividade é muito boa", afirmou o diretor de alimentação escolar da prefeitura, Manuel Vicente da Silva, Técnico em Nutrição. Com isso a cidade segue o exemplo de Campinas, a primeira cidade do Brasil, a tomar essa decisão, já no ano passado.

Segundo a nutricionista Tatiana de Alencastre, a medida foi tomada pelas qualidades nutricionais da carne de avestruz, ideal para combater a anemia e o colesterol. "Esta é uma carne que tem metade das calorias da carne bovina e um terço das calorias da carne de frango. Além disso, é rica em ferro, cálcio, magnésio e fósforo", disse. Ela afirma ainda que a gordura presente neste alimento é Ômega 3, considerada boa para o organismo, principalmente nesta fase de crescimento e desenvolvimento das crianças.

Segundo a nutricionista, a carne de avestruz, também é rica em proteína, além de ferro, que é responsável por carregar os nutrientes pelo organismo de modo a melhorar o funcionamento das células e das funções vitais. O diretor de alimentação afirmou que foram feitos testes de aceitabilidade com as crianças e os pais participaram do processo, respondendo a um questionário, para evitar, por exemplo, que crianças com algum tipo de alergia pudessem vir a ter problemas.

Para garantir o reforço na alimentação das crianças pelo período de oito meses, a prefeitura vai gastar R$ 136 mil, ou R$ 17 mil por mês, o referente ao consumo de cerca de 300 kg por semana. O custo é um pouco mais alto que a carne bovina, cujo preço varia em torno de R$ 12 o quilo. De acordo com Silva, já se estuda também a possibilidade de introduzir também a carne de peixe na alimentação servida nas creches. "Já servimos cação nas escolas municipais e estaduais e agora estamos discutindo com pediatras a possibilidade de adotar essa carne nas creches", disse. (João Carlos de Faria - AE)

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul