terça-feira, 23 de novembro de 2010

Avicultores e suinocultores comemoram vendas

Leonardo Coleto

Até outubro foram abatidas 588 milhões cabeças de frango a mais do que no mesmo período do ano passado.

Faltando praticamente 35 dias para o Natal, quem pode comemorar o presente de final de ano são avicultores do Paraná. Segundo balanço feito pelo Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), a expectativa de crescimento nas vendas de aves de festa para o final do ano é 10% maior em relação ao ano passado.

Na produção de frangos, o sindicato contabilizou, pelo menos até outubro desse ano, o abate de 588 milhões de cabeças a mais que o mesmo período do ano passado.

Com base no crescimento em relação ao ano passado, o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, afirma com todas as letras que a avicultura do Estado pretende colocar um frango na mesa de cada paranaense no final desse ano. "Existe uma condição muito especial esse ano. Contamos com o aquecimento da economia e a evolução das classes mais baixas", diz.

Segundo ele, com mais dinheiro no bolso, em virtude da chegada do 13.º salário, as pessoas gastam mais com coisas que lhes dão prazer. "Comer bem é um exemplo disso. Como o frango tem condições de competitividade, acreditamos que boa parte desse rendimento vá para a avicultura", estima.

Outro ponto destacado por ele é a vantagem do frango sobre as outras carnes oferecidas nessa época do ano. "Outras culturas estão com seus estoques esgotados. Além de que o frango enfeita a ceia de Natal. Mesmo que se tenha peru, chester ou tender, as famílias têm o costume de colocar um frango todo enfeitado com frutas na mesa. Todo mundo gosta de frango", diz. Apenas até outubro desse ano, o Paraná já exportou 842 mil toneladas de frango.

A produção e exportação de peru no Paraná também ganha destaque. Apenas nos seis primeiros meses de 2010, o Sindiavipar contabilizou a exportação de 12.532,858 quilos de peru. Durante o mesmo período de 2009, o sindicato contabilizou 11.260,054 quilos.

Líder

Nessa semana a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) anunciou que o Brasil será o maior exportador de frangos até o final do ano. Para Martins, isso também é mérito do Paraná, responsável por 28,2% da produção nacional em 2009.

"Temos uma disponibilidade maravilhosa, aliada a formação econômica e canteiro ideal para construção de galpões. Isso é fruto de um trabalho feito ao longo dos últimos anos", diz.

Em setembro desse ano, o Brasil exportou 2.856.910,876 quilos de frango, 754.284,864 foram apenas no Paraná. "Ser o Estado com maior produção de grãos também ajuda. É um tripé. Temos a melhor qualidade, quantidade e preço. Não tem para ninguém", ressalta.

Pode faltar carne suína no mercado paranaense

Em 2009, Paraná foi o terceiro maior produtor de suínos de todo o Brasil.

Quem optar pela carne suína nesse final de ano deverá se apressar. Segundo estimativa da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), poderá faltar carne de porco no mercado.

Em virtude dessa carência, que vem sendo verificada desde o início do segundo semestre desse ano, a alta procura pelo produto já fez o preço do quilo subir. Segundo Carlos Francisco Geesdorf, presidente da APS, levantamento feito em frigoríficos de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, apontou que o quilo do leitão inteiro não saía por menos de R$ 18, o que totaliza cerca de R$ 260 o valor do animal.

"Esse valor está fora da realidade, mas a perspectiva é que continue assim, pois não existe produção para suprir a demanda verificada nos últimos meses", avalia. Outra razão levantada por Geesdorf é o maior interesse dos consumidores pela carne suína no mercado. "O consumo de carne suína aumentou muito. Exportamos esse ano em torno de 12% menos do que o em 2009. Isso significa que cerca de 120 mil toneladas de carne suína acabaram ficando no mercado interno", estima.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), em 2009 o Paraná foi o terceiro estado que mais produziu carne suína: 487,9 mil toneladas. O Estado ficou atrás de Santa Catarina (751,7) e Rio Grande do Sul (585,9).

Uma opção para quem não tem condições ou interesse pelo animal inteiro é comprar os cortes específicos vendidos nos supermercados. "Trata-se de uma campanha que estamos fazendo há certo tempo. Os novos cortes possibilitam o consumidor comprar apenas o que lhe interessa", explica.

Já existem nos mercados cortes como picanha suína, alcatra, lombo, dentre outros. Além da praticidade dos novos cortes, a maior informação sobre as propriedades e benefícios da carne suína atraíram mais consumidores. "Isso envolve ainda a apresentação correta da carne, o posicionamento na gôndola e até mesmo a cor bonita da carne", diz. (LC)

Expectativa também é grande nas redes de supermercados


A proximidade das festas de fim de ano aquece também o ramo dos supermercados, responsáveis por repassar a maior parte dos produtos utilizados nas ceias aos consumidores.

Segundo Associação Paranaense de Supermercados (Apras), a previsão de crescimento nas vendas gira em torno de 15% em relação ao ano passado. O superintendente da Apras, Valmor Rovaris, ressalta que algumas empresas estimam crescimento ainda superior.

"A previsão da associação é de 15% de aumento nas vendas, mas algumas empresas almejam crescimento de 20% por causa das festas de Natal e Ano Novo. A variedade de produtos que os consumidores procuram aumenta e estamos preparados para atendê-los", afirma.

Dentre os produtos comercializados, a cerveja, panetone, refringente e bacalhau são os que apontam maior estimativa de crescimento. "Com isso esperamos presenciar o melhor natal dos últimos oito anos. O nível de emprego alto e o aumento de renda da classe C trouxeram mais confiança ao setor", diz.

O crescimento do poder aquisitivo das classes mais baixas foram responsáveis também pela mudança do perfil de produtos vendidos nos supermercados, especialmente no final do ano.

"A classe C passou a consumir embalagens grandes, no intuito de economizar. Embalagens de leite, suco, refrigerante e amaciante são exemplos disso. Eles estão consumindo os mesmos produtos que os outros, mas em quantidades maiores", compara. (LC)

Fonte: Paraná On Line

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