segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Brasil muda pouco a posição no ranking sobre a percepção de corrupção da Transparência Internacional

Dave Graham da Reuters/Brasil Online

BERLIM (Reuters) - Os Estados Unidos não estão mais entre os primeiros 20 no ranking mundial dos países menos corruptos, manchados pelos escândalos financeiros e a influência do dinheiro na política, disse a Transparência Internacional (TI) nesta terça-feira. O Brasil subiu para o 69° lugar em comparação a 75º posição do ano passado , ficando ao lado de Cuba, Montenegro e Romênia, apesar de manter a mesma pontuação de 2009: 3,7. De acordo com a BBC Brasil,no entanto, a subida do Brasil no ranking seria apenas um reflexo da deterioração de outros países e não deve ser interpretada como um avanço.

No topo da lista estavam empatados - sendo que a pontuação mais alta é 10, para os menos corruptos - a Dinamarca, Nova Zelândia e Cingapura com 9,3. Esses países também estiveram no topo da lista do ano passado

A Somália foi classificada como o país mais corrupto, seguida por Mianmar e Afeganistão, juntos na segunda pior colocação, vindo depois o Iraque, informou a agência de monitoramento, sediada em Berlim, ao divulgar seu índice anual de percepção da corrupção (CPI).

Os Estados Unidos escorregaram do 19o para o 22o lugar em relação ao ano passado, com sua pontuação caindo de 7,5 para 7,1. O índice avalia 178 países e é baseado em pesquisas independentes sobre a corrupção.

EUA tiveram o pior resultado em 15 anos

Foi o pior resultado dos Estados Unidos nos 15 anos de realização do levantamento, e a primeira vez em que o país não esteve entre os primeiros 20 no ranking.

A Somália, país indicado como o mais corrupto, ficou com 1,1. O grupo de monitoramento disse que a tabela era baseada em "diversas avaliações e pesquisas de opinião no ramo dos negócios realizados por instituições independentes e respeitadas".

Quase 75 por cento dos países tiveram pontuação equivalente ou abaixo de 5,0, indicando que a corrupção continua sendo um grande problema mundial, disse Robin Hodess, diretor de política e pesquisa na TI.

No entanto, a organização identificou que Butão, Chile, Equador, Macedônia, Gâmbia, Haiti, Jamaica, Kuweit e Catar melhoraram no último ano.

Enquanto isso, a República Tcheca, Grécia, Hungria, Itália, Madagascar, Níger e os Estados Unidos tiveram uma piora nos índices de percepção.

(Reportagem adicional: Yukari Sekine)

Fonte: O Globo

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