segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Cresce a presença masculina entre os consumidores de super e hipermercados

Levantamento da POPAI Brasil descreve o comportamento dos clientes nesses estabelecimentos
Da Redação

A POPAI Brasil, associação internacional dedicada ao marketing e à comunicação no ponto de venda, divulgou nesta semana os resultados da pesquisa “O Comportamento do Consumidor em Super e Hipermercados 2010”. Já realizado em 1998 e 2004, o estudo avalia o perfil do consumidor e seu comportamento no ponto de venda.

A amostra reuniu 62 lojas das principais capitais brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador e Belo Horizonte, e também cidades importantes do interior paulista, como Campinas e Ribeirão Preto. As entrevistas incluíram homens e mulheres com idades entre 18 e 70 anos e de classes socioeconômicas variadas. No total, 1.860 foram entrevistas foram realizadas, e os participantes responderam às perguntas em duas etapas: na entrada e saída das lojas. Confira os resultados do levantamento.

Perfil dos consumidores

Uma das novidades apresentadas no estudo foi o crescimento da presença masculina. Eles correspondem a 32% dos consumidores, contra 23% em 2004 e 16% em 1998. A maioria desses clientes é das classes B e C (48% e 35%, respectivamente). Aproximadamente 76% dos consumidores trabalham (em 1998, essa proporção era de 58%) e 70% dos entrevistados têm grau de escolaridade além do ensino médio.

A faixa etária com maior presença entre o público frequentador de super e hipermercados está entre 30 e 39 anos, com 24%, seguidos por clientes de 18 a 29 anos e 40 a 49 anos (ambos com 22%). Pessoas com idade entre 50 e 59 anos correspondem a 21%. As que têm mais de 60 anos contabilizam 11%.

Planejamento de compra

A pesquisa mostra que a decisão de qual marca ou produto será comprado é tomada no ponto de venda em 76% das vezes. Houve queda nesse índice em relação aos últimos anos: em 2004, era 81%; em 1998, 85%.

Entre os produtos cuja compra é decidida no ponto de venda, os mais vendidos são salgadinhos, sementes torradas e frutas cristalizadas, com 83%. Os itens seguintes são cereais matinais (81%), vestuário (80%), enlatados e conservas (78%) e, por fim, temperos e condimentos e utilidades do lar com 75%. Entre os produtos com o maior índice de compra planejada, o arroz aparece em primeiro no ranking, com 44%. Em seguida vêm sabão em pó e carnes (inclusive peixes e aves), com 42%, e logo depois refrigerantes, frutas, verduras e legumes, com 40%.

A compra efetiva chega a ser 125% maior do que o planejado. O valor total, porém, fica de acordo com o gasto pretendido e calculado no momento anterior da compra. O dado aponta que o brasileiro está mais consciente, pois sabe gastar o valor que foi anteriormente planejado.

Pagamento

Em relação à forma de pagamento, os consumidores ainda preferem o dinheiro – 58% das compras são pagas dessa forma. O cartão de crédito é utilizado por 18% dos consumidores, e o de débito, por 15%. Entre as classes C e D, 73% preferem realizar o pagamento com dinheiro. Já as classes A e B utilizam mais os cartões de crédito na hora do caixa: 23% das suas compras são feitas assim.

Procedimentos de compra

Entre os tipos de compras usualmente feitas pelos consumidores, aproximadamente 95% afirmam ser para reposição, e 72%, para emergências. As visitas destinadas para aproveitar promoções correspondem a 59% dos entrevistados.

O quesito fidelidade à mesma loja apresentou queda em relação aos anos anteriores. Em 2010, apenas 15% afirmou ir sempre ao mesmo super ou hipermercado. Em 2004, esse número era de 40%, e em 1998, de 58%. Em relação à localização, as lojas mais próximas de casa são preferência para 72% dos clientes, enquanto as que estão mais perto do trabalho correspondem a 55% do total de respostas. Cerca de 70% preferem ir às compras sozinhos, os 30% restante optam por companhia.

Promoções

Em relação à lembrança de materiais promocionais no canal, a pesquisa indica que 71% dizem ter visto algum item de marketing no ponto de venda. As geladeiras promocionais aparecem em primeiro lugar, com 35% das lembranças. Os folhetos ficam em segundo, com 26%, e as ilhas promocionais e pilhas em terceiro, com 25%. Os cartazes foram lembrados apenas por 22% dos entrevistados; flâmulas e galhardetes, por 20%; e TVs locais, por 17%. As amostras grátis e os monitores de prateleiras são os materiais com o menor índice de lembrança para os consumidores. Dentre os produtos mais frescos na memória deles estão bebidas, produtos matinais, congelados, laticínios e doces.
 
Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios

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