BUENOS AIRES - Uma das oito unidades do frigorífico argentino Quickfood, controlado pelo grupo brasileiro Marfrig, está parada devido a uma greve de funcionários, deflagrada há quatro dias. Cerca de 200 trabalhadores cruzaram os braços para reivindicar aumento salarial de 40%. O Quickfood informou que a unidade localizada em Martínez, província de Buenos Aires, possui "os salários mais altos do setor industrial, que tiveram reajustes de 68% desde maio de 2008, equivalente a 24% por ano".
O delegado sindical da unidade, David Soria, disse que a categoria também quer recomposição dos adicionais ao salário. O sindicato pede ainda que 12 operários com contratos temporários sejam efetivados. Todos eles trabalham na empresa há menos de seis meses e, segundo a lei, devem ser incorporados ao quadro após esse período. "A empresa se escuda no mau momento que vive a indústria da carne bovina para não aumentar os salários, mas há dinheiro para isso", argumentou. A empresa também alegou a crise do setor para endurecer as negociações com o sindicato.
"Apesar da profunda crise da indústria da carne, Quickfood conseguiu manter as operações da unidade de Martínez com três turnos, 24 horas por dia, durante seis dias por semana, o que se constitui em uma exceção para seus trabalhadores, seus ganhos salariais e suas famílias, em relação ao que sucede em outros frigoríficos", afirmou a empresa em nota na semana passada.
Fonte: DCI
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